O gabinete de Israel aprovou o acordo com o grupo militante palestino Hamas para um cessar-fogo e a libertação de reféns na Faixa de Gaza, informou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no sábado (horário local), um dia antes do início programado do acordo.
Nas primeiras horas do sábado, depois de se reunir por mais de seis horas, o governo ratificou o acordo, disse o gabinete de Netanyahu em um comunicado.
Conforme o acordo, ao qual alguns ministros linha-dura do governo se opõem, um cessar-togo de seis semanas deve entrar em vigor no domingo, com a primeira de uma serie de trocas de reféns por prisioneiros que podem abrir caminho para o fim da guerra de 15 meses em Gaza.
A mídia informou que 24 ministros do governo de coalizão de Netanyahu votaram a favor do acordo, enquanto oito se opuseram a ele.
Na sexta-feira, o gabinete de segurança israelense votou a favor do acordo de cessar-fogo, a primeira das duas aprovações necessárias.
A guerra entre as forças israelenses e o Hamas arrasou grande parte da Gaza fortemente urbanizada, matou mais de 46.000 pessoas e deslocou várias vezes a malor parte da população de 2,3 milhões do enclave antes da guerra, de acordo com as autoridades locais.
Se for bem-sucedido, o cessar-fogo poderá aliviar as hostilidades no Oriente Médio, onde a guerra de Gaza se espalhou para incluir o lra e seus aliados — o Hezbollah do Líbano, os houthis do lêmen e grupos armados no Iraque, Dem como a Cisjordânia ocupada.
Na Faixa de Gaza, nesta sexta-feira, aviões de guerra israelenses mantiveram ataques pesados, e o serviço de emergência civil palestino disse que 116 palestinos, quase 60 deles mulheres e crianças, foram mortos desde que o acordo foi anunciado na quarta-feira.
Sob a primeira fase de seis semanas do acordo de três etapas, o Hamas libertará 33 reféns israelenses, incluindo todas as mulheres (soldados e civis), crianças e homens com mais de 50 anos.
Israel libertará todas as mulheres e menores de 19 anos palestinos detidos em prisões israelenses até o final da primeira fase.
Reportagem de James Mackenzie em Jerusalém, Nidal Al Mughrabi no Cairo e Hatem Khaled em Gaza
Fonte: Agência Brasil