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China e Brasil celebrarão 50 anos de relações diplomáticas e de relações bilaterais estáveis e com grande potencial futuro

Artigo da Secretária-geral adjunta do Centro de Estudos Brasileiros do Instituto Latino-Americano da Academia Chinesa de Ciências Sociais

por Fabiana Ceyhan
22 de janeiro de 2024
Reading Time: 7 mins read
Foto: Beto Barata/PR

Foto: Beto Barata/PR

2023 foi um ano importante na história das relações sino-brasileiras, marcando o 30º aniversário do estabelecimento da parceria estratégica entre os dois países. O presidente Lula realizou com sucesso uma visita à China no 100º dia de sua administração e participou em uma reunião estratégica com o presidente chinês Xi Jinping, com o objetivo de traçar um novo plano para o desenvolvimento das relações bilaterais. O próximo ano marcará o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países. As relações entre a China e o Brasil serão uma continuação dos sucessos do passado e prometem um futuro alegre.

O presidente Xi Jinping realizou uma cerimônia de boas-vindas para o presidente do Brasil Lula em Beijing, em 14 de abril de 2023.

Em 2023, a China e o Brasil mantiveram intercâmbios estreitos de alto nível e aumentaram efetivamente a confiança política mútua. A partir de uma altura estratégica e de acordo com perspectivas de longo prazo, os líderes dos dois países abriram novos caminhos para o futuro da parceria estratégica abrangente entre a China e o Brasil.

No dia 2 de janeiro, o presidente Xi Jinping enviou uma carta para parabenizar Lula por sua tomada de posse como presidente do Brasil, enfatizando que as relações China-Brasil se tornaram um modelo para as relações entre os principais países em desenvolvimento, possuindo um importante significado e amplas perspectivas. O presidente Xi mostrou grande espetativa em trabalhar com o presidente Lula para promover as relações bilaterais.

De 12 a 15 de abril, o presidente Lula foi convidado a deslocar-se à China para uma visita de Estado, na qual manteve um diálogo estratégico aprofundado com o presidente Xi Jinping e alcançou importantes consensos sobre as relações e cooperação China-Brasil em diversas áreas. Durante a visita, os dois chefes de Estado testemunharam conjuntamente a assinatura de uma série de protocolos de cooperação bilateral nas áreas do comércio e investimento, economia digital, inovação tecnológica, informação e comunicações, redução da pobreza, quarentena, indústria aeroespacial, entre outras.

Os dois lados emitiram a “Declaração Conjunta entre a República Federativa do Brasil e a República Popular da China sobre o Aprofundamento da Parceria Estratégica Global”, enfatizando a sua vontade de continuar a promover o diálogo e o intercâmbio, aprofundar a cooperação em domínios como redução da pobreza, desenvolvimento social e inovação científica e tecnológica, e expandir a cooperação em matéria de protecção ambiental, combate às alterações climáticas, economia hipocarbónica, e em áreas emergentes como a economia digital. Os dois lados também emitiram uma Declaração Conjunta Brasil-China sobre combate às Mudanças Climáticas, na qual reafirmaram as posições, princípios e direções comuns dos dois países para cooperação em questões de mudanças climáticas, e decidiram estabelecer um Subcomitê de Meio Ambiente e Mudança Climática sob o Comitê de Coordenação e Cooperação de Alto Nível China-Brasil (COSBAN).

No dia 20 de outubro, o presidente Xi Jinping se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Arthur Lira, que na altura se encontrava na China a participar do 3º Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional. Os dois lados chegaram a um consenso sobre o aprofundamento do alinhamento das estratégias de desenvolvimento dos dois países e a promoção de intercâmbios e cooperação entre a China e o Brasil.

Ao mesmo tempo, a nível multilateral, os dois países continuam promovendo o diálogo e a coordenação em assuntos regionais e internacionais, reforçando os intercâmbios e a cooperação no âmbito de mecanismos multilaterais como as Nações Unidas, o G20 e os BRICS, e apoiando a evolução do sistema de governança global numa direção mais justa e razoável. No dia 24 de agosto, com o apoio e testemunho dos chefes de Estado da China e do Brasil, seis países, incluindo Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, foram convidados a aderir ao mecanismo de cooperação do BRICS, aumentando assim a representatividade e influência dos países membros.

Além das acções conjuntas face às alterações climáticas, a China e o Brasil reforçaram a colaboração em questões de governança da segurança global. Os dois países não só chegaram a consenso sobre a resolução política da crise na Ucrânia durante a reunião de chefes de Estado, mas também estreitaram a coordenação e cooperação relativos ao conflito palestino-israelense, trabalhando juntos em prol da melhoria da situação no âmbito do Conselho de Segurança. Adicionalmente, através dos esforços conjuntos de ambas as partes, foi realizada em 21 de novembro uma cimeira especial por vídeo conferência entre os líderes do BRICS sobre a questão palestino-israelense, da qual resultou uma declaração conjunta que deu voz à vontade dos estados-membros em resolver o conflito.

O Seminário para Cooperação Econômica e Comercial entre Províncias Chinesas e Estados do Brasil foi realizado em Xiamen, na província de Fujian, no leste da China.

Em 2023, a China e o Brasil continuaram aprofundando também suas relações econômicas e comerciais. O comércio bilateral se desenvolveu de forma constante e a cooperação em investimento se tornou cada vez mais diversificada. A China é o maior parceiro comercial do Brasil há 14 anos consecutivos, desde 2009. Segundo dados oficiais do governo brasileiro, de janeiro a agosto deste ano, o volume total de comércio entre os dois países ultrapassou os 100 mil milhões de dólares, o valor mais elevado desde que os dados começaram sendo divulgados em 1997. De janeiro a novembro de 2023, as exportações do Brasil para a China aumentaram 14% em relação ao ano anterior, totalizando um volume de comércio bilateral atingindo US$ 145,9 bilhões e resultando num superávit de US$ 47,44 bilhões para o Brasil. A China continua também a ser o maior destino de exportações e a maior fonte de importações do Brasil.

O último relatório do Conselho Empresarial Brasil China (CEBC) revela que, de 2007 a 2022, a China investiu um total de 71,6 bilhões de dólares em 235 projetos no Brasil. Em 2022, a China iniciou mais 32 novos projetos de investimento no Brasil, constituindo um aumento anual de 14% e envolvendo múltiplos domínios como produção energética, tecnologias da informação, fabricação de automóveis, construção de infraestruturas, agricultura e têxteis. Em março deste ano, a China e o Brasil assinaram um memorando de entendimentos para o estabelecimento de acordos de compensação de RMB no Brasil e promoveram a realização de operação de ciclo fechado completa que envolve a precificação, liquidação, financiamento e conversão direta de RMB, o que constituiu um passo importante no sentido da facilitação do comércio e do investimento bilaterais.

A Câmara dos Deputados do Brasil realizou um evento no Capitólio, na capital Brasília, para comemorar o Dia Nacional da Imigração Chinesa, em 17 de agosto de 2023.

Em 2023, os intercâmbios e cooperação culturais entre a China e o Brasil continuaram a avançar, e o diálogo entre think tanks, universidades, meios de comunicação, empresas e outros sectores da sociedade continuou a se estreitar. A opinião pública fornece também uma base mais sólida para as relações bilaterais. Desde o início deste ano, os dois países realizaram uma série de seminários académicos e sessões de troca de experiências em torno de temas como desenvolvimento e governança globais, contactos e aprendizagem entre civilizações, modernização ao estilo chinês e desenvolvimento e cooperação em energia verde. O Seminário para Cooperação Econômica e Comercial entre Províncias Chinesas e Estados do Brasil foi realizado com sucesso, e foi inaugurado o Instituto Confúcio da Universidade Federal da Bahia.

As empresas chinesas no Brasil não apenas contribuem para o desenvolvimento econômico local e a criação de emprego, como também cumprem ativamente suas responsabilidades sociais e se envolvem em empreendimentos de bem-estar público. Em fevereiro deste ano, foi realizada a cerimônia de comissionamento do projeto de bem-estar público de dessalinização de água salobra da State Grid Brasil na cidade de João Câmara, Rio Grande do Norte. Esse projeto emprega equipamentos chineses e tecnologia avançada para resolver o problema de acesso a água potável de mais de 3.000 pessoas de três comunidades indígenas locais, tornando-se um exemplo claro de como as empresas chinesas no Brasil se integram ativamente na sociedade local e de como o povo brasileiro beneficia com a cooperação pragmática bilateral.

2024 marcará o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e o Brasil e representa uma oportunidade importante para os dois países elevarem suas relações bilaterais a um novo nível. O desenvolvimento é a questão central da administração Lula. Perante um mundo instável e complexo, os dois países podem esforçar-se ativamente para integrar a iniciativa “Cinturão e Rota” da China com os planos de “reindustrialização” e a nova versão do ” Plano de Crescimento Acelerado” do Brasil, impulsionando desse modo os respectivos processos de modernização. A realização de uma série de atividades de celebração do 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas servirá para facilitar as trocas amistosas entre a China e o Brasil, aprofundar a longa amizade entre os dois países e estreitar os contactos entre os dois povos.

Enquanto detentor da presidência rotativa do G20 em 2024, o presidente Lula declarou recentemente a inclusão social e a erradicação da fome e da pobreza, a transição energética e desenvolvimento sustentável, e a reforma da governação global como sendo as três principais prioridades do Brasil para o trabalho do G20. Para este fim, a China e o Brasil podem reforçar ainda mais os intercâmbios e a aprendizagem mútua na luta contra a fome e a pobreza, libertar o potencial da cooperação no domínio da economia verde e do desenvolvimento sustentável, intensificar a coordenação e cooperação na reforma da governação global no âmbito de mecanismos multilaterais como o G20 e trabalhar em conjunto para uma melhor resposta da comunidade internacional aos desafios globais. Ações como estas darão um novo valor à parceria estratégica abrangente entre China e Brasil.

* Secretária-geral adjunta do Centro de Estudos Brasileiros do Instituto Latino-Americano da Academia Chinesa de Ciências Sociais

Tags: BrasilChinacooperaçãodiplomaciaIbrachinarelações bilateraisRelações diplomáticas
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