A ministra Simone Tebet recebeu na última semana o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao. A visita foi uma prévia da participação do Ministério do Planejamento e Orçamento na comitiva brasileira ao país asiático, que será liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. A visita ocorrerá entre os dias 04 e 07 de junho e terá como principais momentos um seminário com empresários dos dois países e o encontro da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN). Também integram a comitiva os ministros Rui Costa (Casa Civil), Carlos Fávaro (Agricultura e pecuária) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).
Tebet apresentou ao embaixador o projeto das cinco rotas de Integração Sul-Americana, que tem como objetivos o desenvolvimento regional e facilitar o escoamento dos produtos brasileiros pelo oceano Pacífico, abrindo caminhos pelos vizinhos da América do Sul para outros mercados, incluindo a China. A ministra informou que a publicação hoje do decreto de criação da comissão interministerial para a integração, que reúne 12 ministérios, reforça a aposta do presidente Lula no desenvolvimento regional.
Ao representante do governo chinês, Tebet ressaltou que, embora no Brasil, as 190 obras do Nova PAC que compõem as rotas já estejam com recursos garantidos no orçamento federal, há muitas oportunidades de investimento em projetos adjacentes às obras, seja em parcerias, em concessões ou na participação em obras de engenharia ou fornecimento de equipamentos. Um segmento com muitas oportunidades, ponderou, é o de ferrovias.
Zhu Qingqiao disse que a visita do vice-presidente Alckmin, que será recebido pelo presidente chinês, Xi Jinping, mostra a importância recíproca que ambos países dão à parceria econômica. Ele também observou que a China tem investimentos em infraestrutura e logística no Brasil e em outros países na América Latina. Entre as obras, o porto de Chancay, no Peru, compõe uma das cinco rotas de integração.
A ministra também mostrou ao embaixador chinês uma sequência de três mapas que simbolizam a mudança de destino das exportações brasileiras. Em 2000, prevaleciam as vendas externas para os Estados Unidos, Europa e países sul-americanos. Em 2010, a China começava a aparecer, até que no mapa de 2021 ela domina como principal destino das exportações por Estado.