O Instituto Brasília Ambiental integrou a comissão brasileira composta por 15 membros que participou do evento Brazil Water Innovation, realizado em Amsterdã, na Holanda. O objetivo do encontro, encerrado na sexta-feira (10), foi discutir inovações tecnológicas que levam em conta a questão ambiental na área de saneamento básico e água.
A autarquia ambiental foi representada pelos servidores Marcos João da Cunha, da Superintendência de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água (Sucon), e Janaína Soares e Silva, da Superintendência de Licenciamento Ambiental (Sulam). O encontro foi organizado pela NHL Stenden University of Applied Sciences, pela Associação Brasileira das Empresas de Água (Aesbe) e pelo Consulado Geral dos Países Baixos em São Paulo.
Segundo Marcos Cunha, o Brazil Water Innovation promoveu uma conexão estratégica de brasileiros com tecnologias novas na área de saneamento e água. Além da parte do saneamento, o evento apresentou conhecimento de várias técnicas novas de recuperação de materiais como lodo de esgoto, além de abordar a tecnologia que recupera nutrientes desse lodo e o torna rentável.
“Tem empresa transformando isso em bioplástico. Para nós, que trabalhamos com a área ambiental, são soluções muito interessantes e que, em um futuro próximo, devem estar implementadas em algumas empresas no Brasil. Então, termos o conhecimento dessas novas tecnologias e suas relações com o meio ambiente é muito importante, visto que o Brasília Ambiental é o executor da política ambiental do Distrito Federal”, explicou.
Cunha também destacou que a visão em evidência no cenário internacional, em termos de saneamento e água, é a de diminuir o uso de produtos químicos, investir em tecnologias mais amigáveis ao meio ambiente e o adotar tratamentos mais biológicos. “Conhecemos muitas empresas, inclusive algumas pequenas, que estão com ideias muito criativas e antenadas com o cuidado ao meio ambiente. Foi uma experiência muito importante”, ressaltou.
Investimento levará sistemas de tratamento de esgoto a propriedades rurais
De acordo com Janaína Silva, já existem algumas estações de tratamento do Brasil que aderiram a essa tecnologia. “Quando [essa tecnologia] chegar ao DF, teremos uma noção dos benefícios, dos impactos ambientais e de como tratar esses impactos em termos de licenciamento ambiental. Durante o encontro, fizemos várias visitas técnicas em estações de tratamento, experiência que nos acrescentou muito”, compartilhou.
A maior parte do público do Brazil Water Innovation foi de representantes de órgãos estaduais das áreas de saneamento básico e ambiental dos estados e municípios brasileiros. Eles foram expor e ouvir experiências. A organização acredita que, a partir dessa troca, haverá avanços nas práticas de gestão dessas áreas.
Com informações da Agência Brasília