O embaixador da Líbia em Brasília, Osama Sawan, afirmou que a balança comercial entre os países observa melhora após um período de estagnação durante a covid-19, e que as relações comerciais estão tendo um avanço depois de um momento de estabilização na Líbia.
“Haverá eleições presidenciais em breve, e este é o principal fator na mudança estratégica da economia na Líbia”, declarou Sawan à ANBA durante visita à sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira nesta semana.
O diplomata afirmou que seu país tem localização estratégica e é um elo na região, com uma longa costa e grandes portos. O Brasil tem quase 50 anos de relações diplomáticas com a Líbia.
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é amigo da Líbia, visitou nosso país várias vezes e esperamos que a Embaixada do Brasil volte a funcionar em Trípoli, em vez da Tunísia. Diversas embaixadas já retornaram”, declarou.
Sawan vê oportunidades para o Brasil importar petróleo e petroquímicos da Líbia, e na outra mão, vender para o país árabe alimentos, produtos industrializados e ferro bruto. Para ele, um grande empecilho nas relações comerciais são o transporte, o custo e a burocracia. Atualmente, os produtos brasileiros chegam por Barcelona, Gênova ou Dubai.
Em 2022, o Brasil exportou US$ 320 milhões para a Líbia, principalmente em carne de frango, minério de ferro e carne bovina. O Brasil não registrou importações da Líbia em 2022, mas quando há, os principais produtos são petróleo e derivados.
Na visita à Câmara Árabe, o embaixador estava acompanhado pelo presidente do Conselho da Diretoria da Corporação de Ferro e Aço da Líbia, Mohamed Abdulmalek. Na foto acima, Sawan (centro) e Abdulmalek (dir.).
Eles foram recebidos pelo presidente da entidade, Osmar Chohfi, pelo vice-presidente de Relações Internacionais, Mohamad Orra Mourad, e pela analista de Relações Institucionais Elaine Prates.
Abdulmalek informou que a companhia de ferro e aço líbia é grande compradora de matéria-prima do Brasil e que pretende passar a utilizar os serviços de certificação da Câmara Árabe. O país também produz minério de ferro na região sul e precisa de expertise e investimentos para estudar essa matéria-prima.
As informações são da ANBA.