No Astana International Forum (AIF), evento na capital do Cazaquistão que reuniu líderes mundiais, políticos e figuras proeminentes de vários campos de atuação, a jornalista Fabiana Ceyhan representou o Brasil.
Ela realizou uma entrevista com o Ministro da Economia Nacional da República do Cazaquistão, Alibek Kuantyrov, para O Mundo Diplomático, focada na relação bilateral com o Brasil:
Sr. Ministro, poderia nos falar um pouco sobre os planos para o Cazaquistão? Como deseja que a economia cresça? Quais são seus planos econômicos para o Cazaquistão, especialmente para as relações económicas com América Latina?
Nosso plano é crescer pelo menos 5% ao ano a partir deste ano e, claro, diversificar a economia. Queremos nos afastar o máximo possível do setor de petróleo e gás. Os projetos em potencial serão implementados e mais investimento estrangeiro direto virá para nossos setores de petróleo e gás e minerais. Ao mesmo tempo, queremos desenvolver a manufatura. O Brasil tem um grande potencial.
Entendemos que o Brasil tem semelhanças com o Cazaquistão. O Brasil construiu a nova capital, Brasília, há 63 anos. Nossa capital tem somente 25 anos. Acho que podemos cooperar em alguns projetos mútuos de energia, já que nossas economias são parecidas, mas há algumas diferenças em relação à densidade populacional. Temos apenas 20 milhões de habitantes e o Brasil tem 220 milhões de pessoas. O Cazaquistão tem um grande potencial e, como queremos aumentar comércio com a América Latina, haverá um lugar especial para o Brasil, a maior economia da América Latina.