Com a adesão, o país junta-se a outras nove nações que já haviam sido incorporadas à categoria de parceiros do grupo
O governo brasileiro, na condição de presidente pro tempore do BRICS em 2025, anunciou nesta sexta-feira (13) a formalização da entrada do Vietnã como país parceiro do agrupamento. A informação foi divulgada pela agência Reuters, que destacou o reconhecimento do Brasil à decisão vietnamita.
Com a adesão, o Vietnã junta-se a outras nove nações que já haviam sido incorporadas à categoria de parceiros do BRICS: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Essa modalidade foi estabelecida durante a XVI Cúpula do BRICS, realizada em Kazan, Rússia, em outubro de 2024, como uma forma de ampliar a cooperação com países emergentes sem necessariamente conceder-lhes a condição de membros plenos.
A inclusão do Vietnã reflete seu papel crescente na Ásia, com uma população de quase 100 milhões de habitantes e uma economia dinâmica, fortemente integrada às cadeias globais de valor. Segundo o governo brasileiro, “o Vietnã destaca-se como um ator relevante na Ásia. Sua atuação em prol da cooperação Sul-Sul e do desenvolvimento sustentável reforça a convergência com os interesses do agrupamento”.
A categoria de país parceiro permite que as nações participem das cúpulas do BRICS, reuniões de ministros das Relações Exteriores e outros fóruns de discussão, após consulta e consenso entre os membros plenos. Esses parceiros também podem endossar declarações conjuntas e outros documentos oficiais do bloco.
A expansão do BRICS, com a criação da categoria de países parceiros, visa fortalecer o multilateralismo e promover uma ordem mundial mais justa e representativa, conforme enfatizado na Declaração de Kazan. O documento destaca a importância de ampliar a parceria do BRICS com países em desenvolvimento, contribuindo para a solidariedade e a cooperação internacional.
Com a adesão do Vietnã, o BRICS reforça sua presença na Ásia e fortalece sua posição como um fórum de articulação política e econômica entre países emergentes, buscando alternativas às estruturas de poder tradicionais dominadas por potências ocidentais.
Fonte: Brasil 247