Com o objetivo de orientar e informar os passageiros sobre os procedimentos de segurança nos aeroportos e conscientizar sobre a importância do respeito e da igualdade durante as inspeções, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) lançou a campanha “Embarque Numa Boa: segurança e respeito em cada inspeção”, que conta com parceria da Embratur.
A iniciativa integra o Programa Asas para Todos e reforça a necessidade de prevenir situações de discriminação, como racismo, garantindo que os procedimentos sejam realizados de forma transparente e respeitosa.
Essas ações de inspeção têm como objetivo prevenir e identificar a presença de itens proibidos, perigosos ou ilegais, como armas, explosivos, substâncias químicas ou quaisquer objetos que possam comprometer a segurança dos voos e do ambiente aeroportuário.
Embarque Numa Boa
A campanha incluirá a divulgação de vídeos, cartilhas e postagens informativas, explicando em detalhes os procedimentos realizados durante as inspeções de segurança nos aeroportos. Entre as práticas destacadas estão o uso de detectores de metais, scanners corporais e equipamentos de raio-x para a análise de bolsas, mochilas, malas e outros itens pessoais.
Nos meses de dezembro e janeiro, serão veiculados nas redes sociais da Anac e das instituições parceiras informações sobre os vários procedimentos de segurança realizados em um aeroporto, como inspeção aleatória, busca pessoal, inspeção com crianças de colo, pets e de Passageiros com Necessidade de Atendimento Especial (PNAE). O material conta ainda com o hotsite Embarque Numa Boa, que reúne todo o conteúdo informativo da campanha.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, destacou a relevância do projeto. “Essa campanha é mais um passo na construção de um ambiente aeroportuário acolhedor, seguro e livre de qualquer forma de preconceito. Segurança e respeito devem caminhar juntos em todos os espaços, e estamos comprometidos em garantir que isso aconteça nos aeroportos brasileiros”, afirmou.
Racismo e discriminação
Nos últimos anos, aumentaram os relatos de passageiros que afirmam ter enfrentado experiências discriminatórias em aeroportos brasileiros, levantando dúvidas sobre os critérios utilizados nas inspeções aleatórias.
Casos registrados em cidades como Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e, mais recentemente, Fortaleza (CE), reforçam a importância de esclarecer os procedimentos de segurança, assegurando transparência e respeito a todos os usuários, independentemente de raça, gênero, religião ou características físicas.
A Embratur assumiu um papel central na discussão dessa questão ao organizar, no ano passado, uma reunião interministerial para revisar os protocolos de segurança após denúncias de racismo em aeroportos. A iniciativa foi motivada pelo caso de Dona Vilma Nascimento, icônica porta-bandeira da Portela, que relatou um episódio de racismo em uma loja no Aeroporto Internacional de Brasília, enquanto participava das comemorações do Dia da Consciência Negra.
“Desde aquele episódio, intensificamos os diálogos com outros órgãos do governo e com o setor aéreo para garantir que situações como essa não voltem a ocorrer. É inadmissível que práticas discriminatórias ainda façam parte da experiência de viagem de brasileiros e turistas que utilizam nossos aeroportos”, declarou Freixo.
Segurança como prioridade
Além de fornecer informações técnicas sobre os procedimentos, a campanha Embarque Numa Boa também abordará temas relacionados à dignidade, ao respeito e à igualdade, com o objetivo de combater qualquer forma de discriminação.
A Anac reforça que os procedimentos de segurança devem ser realizados com base em critérios justos e imparciais, respeitando os direitos de todos e o respeito mútuo entre passageiros e equipes de segurança, ressaltando que a cooperação é essencial para manter a eficiência e a confiança nos sistemas de segurança aeroportuária.
Para Freixo, “a campanha Embarque Numa Boa reflete o compromisso do Brasil em promover um ambiente aeroportuário que combine segurança, respeito e acolhimento, fortalecendo a imagem do país como um destino turístico inclusivo e diverso”.
Fonte: Embratur