O Brasil deve estreitar as suas relações com a Etiópia para avançar no setor agrícola. Na terça-feira (3/4) o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), recebeu o ministro da Agricultura e Recursos Naturais da Etiópia, Girma Armente e sua comitiva.
Na ocasião, também devem ser fortalecidos as relações de ambos os países e o compartilhamento de tecnologias e conhecimentos brasileiros em favor da agricultura etíope.
A intenção do Brasil é que ocorra uma abertura de posto de adido Agrícola na capital etiope, Adis Adeba, nos próximos dias.
“Com os estudos realizados pela Embrapa no manejo dos solos ácidos no bioma Cerrado, temos uma grande produção de alimentos e estamos trabalhando para a abertura de novos mercados com a Etiópia para aumentar ainda mais nossas relações comerciais”, destacou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
Já o ministro etíope apresentou que a agricultura é responsável por ter um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do país e que os estudos brasileiros em relação ao manejo de solos ácidos ajudarão a aumentar a produtividade e eficiência da agricultura local.
“Existem muitas similaridades entre os dois países, a Etiópia é o segundo país mais populoso da África com uma população de 120 milhões de habitantes e tem interesse nos produtos brasileiros, além de exportar as commodities, estudar também para melhor produção e tomar a cooperação ainda mais fácil com o Brasil”, ressaltou Amente.
Por sus vez, o embaixador e diretor da Agência Brasileira de Cooperação do MRE, Ruy Pereira, afirmou que em fevereiro foi assinado um acordo de cooperação entre o Brasil e Etiópia e que a transferência de conhecimento será positivo para ambos os países.
Além disso, os países ainda estão trabalhando na elaboração de um Memorando de Entendimento que entre os diversos pontos abordará a transferência de conhecimento e cooperação técnica agrícola para o desenvolvimento da atividade.
Somente em 2023, o Brasil exportou para a Etiópia US$ 888 mil em produtos agrícolas. Dentre os produtos, a exportação de frangos e galinhas correspondem a 70% do total comercializado. O país também é o segundo mais populoso do continente africano, com mais de 120 milhões de habitantes e é considerado um importante destino para os produtos brasileiros e um mercado estratégico para a ampliação das relações Sul-Sul global.
Fonte: Agro2.