O Fundo Amazônia foi criado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante seu segundo mandato, em 2008. Atualmente, estão depositados cerca de R$ 3,4 bilhões. Desse montante, R$ 3,1 bilhões foram doados pela Noruega, R$ 192 milhões pela Alemanha e o valor restante pela Petrobras.
As embaixadas da Noruega, liderada pelo embaixador Odd Magne Rudd, e da Alemanha, que tem a embaixadora Bettina Cadenbach à frente, são muito atuantes na defesa do meio ambiente.
O Fundo Amazônia é um instrumento para capitação de doações direcionadas a ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento. Gerido pelo Governo Brasileiro, o fundo tem a destinação de recursos organizada pelo BNDES, visando promover o uso sustentável dos recursos da Amazônia brasileira.
O Brasil sediará a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro de 2025, em Belém (PA). A escolha de uma cidade na região amazônica indica o compromisso em reforçar as pautas da preservação e do meio ambiente.
Investimentos
Desde sua criação, há 15 anos, o Fundo já destinou cerca de R$ 1,9 bilhão em projetos de preservação na área da Amazônia legal. Ele ficou praticamente inativo a partir de 2019, após com a dissolução dos órgãos de gestão, o Comitê Orientador, que determina as diretrizes para aplicação de recursos, e o Comitê Técnico, que monitora os resultados.
A reaproximação do Brasil com os países doadores foi oficializada nos primeiros dias de 2023, após a assinatura do decreto de reabertura do fundo pelo Governo Brasileiro, e os anúncios dos países europeus de imediata retomada dos investimentos.
Na época, o ministro norueguês para o Meio Ambiente, Espen Barth Eide, explicou que o compromisso brasileiro de eliminar o desmatamento ilegal até 2030 foi decisivo para a ação.
Os compromissos assumidos pelo Governo Brasileiro, e sobretudo pela Ministra do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas, Marina Silva, podem incentivar outros países a fazer doações.