Os Estados Unidos apresentaram à Ucrânia um abrangente plano de paz de 28 pontos para pôr fim à guerra com a Rússia, impulsionado pela administração do presidente Donald Trump. Embora tenha sido recebido pelo presidente russo Vladimir Putin, o projeto enfrenta forte resistência de Kiev e deixou aliados europeus em alerta.
Principais termos do plano
- O documento propõe que a Ucrânia aceite a reconhecimento da Crimeia e de partes de Donetsk e Luhansk como território russo.
- Fronteiras das regiões de Kherson e Zaporizhzhia seriam congeladas ao longo das linhas de combate existentes.
- A Ucrânia comprometer-se-ia a não ingressar na NATO, com cláusula constitucional que proíbe futura adesão.
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- O tamanho das forças armadas ucranianas seria limitado a cerca de 600.000 soldados.
- Em contrapartida, propõe-se um fundo de US$ 100 bilhões (congelados) para a reconstrução da Ucrânia, e garantias de segurança pouco claras para evitar nova invasão russa.
Reações dos atores envolvidos
- Na Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky afirmou que o plano “coloca em risco nossa liberdade, dignidade e justiça”. Kiev o considera inaceitável por comprometer a integridade territorial do país.
- Em Moscou, Putin declarou que o plano “pode servir de base para um acordo final de paz”, mas alertou que se a Ucrânia rejeitar o texto, as forças russas “continuarão avançando”.
- Aliados europeus manifestaram preocupação. A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, advertiu que “um acordo justo” é indispensável para a segurança da Europa.
Contexto e próximos passos
O plano de 28 pontos foi elaborado por representantes dos EUA — liderados pelo enviado especial Steve Witkoff — em cooperação com a Rússia, mas sem ampla participação ucraniana no estágio inicial.
Está sendo citado que os EUA estabeleceram um prazo para que Kiev aceite a proposta antes de Ação de Graças, sob o risco de ver o apoio americano reduzido.
Até o momento, não há assinatura formal, e as negociações permanecem em ponto morto. A credibilidade e sustentabilidade de qualquer acordo dependem, segundo especialistas, de garantias reais de segurança para a Ucrânia e de verificação confiável do cumprimento russo.
Considerações finais
O plano representa um momento de inflexão diplomática: se aceito, mudaria radicalmente o mapa político e militar no leste europeu, em favor de Moscou. Se rejeitado, a guerra poderá se prolongar, com perda de apoio externo para Kiev. O tempo, segundo Moscou, está se esgotando — e a escolha ucraniana pode definir o curso dos próximos anos.
Fonte: forte





































































