Um recente estudo conduzido na Coreia do Sul traz evidências promissoras de que as respostas imunológicas humanas estão evoluindo para enfrentar as novas variantes do coronavírus.
De acordo com pesquisadores do Centro de Imunologia Viral do Instituto de Pesquisa de Vírus, indivíduos infectados pela variante Ômicron desenvolvem uma imunidade aprimorada que oferece uma proteção significativa contra futuras versões dessa variante, reduzindo consideravelmente a probabilidade de manifestação de sintomas graves em infecções causadas por variantes emergentes.
Os resultados da pesquisa, publicados na renomada revista Science Immunology em janeiro, apontam que as células T de memória formadas após a infecção pela Ômicron demonstram uma resposta mais eficaz contra cepas subsequentes do vírus.
O cientista líder da pesquisa, Jung Min Kyung, expressou otimismo em relação às implicações dessa descoberta. “Esta revelação nos proporciona uma visão esclarecedora na nova era da endemia da Covid. Pode-se compreender que, em resposta ao constante surgimento de novas variantes do vírus, nossos corpos também se adaptaram para enfrentar as futuras cepas”, explicou.
A variante Ômicron, surgida no final de 2021, provocou uma reviravolta significativa na trajetória da pandemia. Suas novas mutações aumentaram drasticamente a transmissibilidade do vírus, transformando-a rapidamente em dominante em escala global. Desde então, temos convivido com subvariantes descendentes, como BA.1, BA.2, BA.4/BA.5, BQ.1, XBB e, mais recentemente, a JN.1.
As características distintas do vírus levaram alguns cientistas a denominá-lo como Sars-CoV-3, defendendo a ideia de que a pandemia pode ser dividida em dois períodos: antes e depois do surgimento da variante Ômicron.