Os governos do Brasil e dos Estados Unidos debateram com um grupo de CEOs dos dois países, na sexta-feira (15), no Itamaraty, ações para a promoção do comércio e de investimentos bilaterais. Trata-se da 12ª Reunião Plenária do Fórum de Altos Executivos Brasil-Estados Unidos (Fórum de CEOs), presidida pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em conjunto com a secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo.
Criado em 2007 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Fórum se reúne periodicamente. Tem o objetivo de promover o comércio e os investimentos entre os dois países e é formado por um grupo seleto de 12 CEOs de empresas brasileiras e 12 CEOs de empresas americanas.
Na reunião mais recente, os executivos apresentaram novas recomendações para o avanço das relações bilaterais em seis áreas: resiliência da cadeia de suprimentos (comércio, impostos e investimentos); energia, meio ambiente e circularidade; segurança alimentar e agricultura sustentável; cibersegurança, infraestrutura crítica e política digital; educação e desenvolvimento de mão de obra; espaço e aeronáutica. As recomendações podem ser acessadas aqui.
No final do encontro, a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, ressaltou objetivos conjuntos dos dois países. Ela destacou que os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, compartilham dos mesmos valores em relação às mudanças climáticas, democracia e direito dos trabalhadores e disse que ainda há muito mais a ser feito.
“Nós compartilhamos o objetivo de combater a mudança climática, de apoiar a diversidade, a equidade e a inclusão, de fortalecer nossas democracias e de proteger os direitos de trabalhadores”, afirmou a secretária. “É nessa base que podemos aprofundar nossa colaboração comercial. Os Estados Unidos já são os maiores investidores no Brasil, mas ainda há muito mais a ser feito. E é para isso que este Fórum existe”, disse a representante dos EUA.
Na opinião de Raimondo, os dois países estão prestes a entrar em uma nova era de vínculos comerciais. Citou o poder do Brasil na agricultura, na tecnologia climática e nos minérios críticos, áreas que mais crescem na economia global.
“Temos investimentos grandes aqui, mas podemos entrar em uma nova era”, disse ela. Para a norte-americana, é tempo de aprofundar o comércio investindo nos potenciais de cada um dos países de modo que haja uma confluência. Raimondo também pontuou que enquanto o Brasil é forte em agricultura e minerais, os Estados Unidos estão aumentando seus investimentos em supply chain e semicondutores.
Com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.