O embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri, recebeu, nesta quarta-feira,um grupo de jornalistas para abordar temas relacionados à cooperação bilateral entre os dois países, o potencial de fortalecimento das relações econômicas e comerciais e a agenda envolvendo as duas nações em 2023. No início do encontro com 15 jornalistas, promovido pela Associação Brasileira de Jornalistas da Área Internacional e Diplomática (Abrajinter) , Lazzeri lembrou que “o jornalista é como o sangue que pulsa nas veias da democracia”. “Agradeço à Abrajinter por essa iniciativa. Decidi utilizá-la para falar das relações bilaterais. As relações entre Brasil e Suíça são profundas e variadas”, afirmou o diplomata, ao lembrar que a parceria estratégica com o Brasil nasceu em 2008. “Ela envolve uma parceria econômica e comercial, mas também nos ramos da tecnologia e da sustentabilidade”, disse o embaixador.
Durante o evento, a Abrajinter concedeu a Lazzeri um diploma com o título de “Embaixador do Ano”. “Há oito anos faço essa interação das embaixadas com os jornalistas. Nós, da Abrajinter, decidimos dar ao embaixador da Suíça a placa de ‘Embaixador do Ano’. Em nome com jornalismo, do diálogo aberto, de podermos chegar e perguntar, condecoramos hoje o Pietro”, disse Fabiana Ceyhan, fundadora e presidente da Abrajinter. “Eu acho que você já é meio brasileiro”, brincou.
O embaixador Lazzeri citou o encontro bilateral entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e Ignazio Cassis, ministro do Conselho Federal Suíço, em fevereiro passado. Em maio, o presidente do Parlamento da Suíça, Martin Candinas, visitará o Distrito Federal, o Pará e São Paulo. Em 5 de julho, será entregue o Prêmio Suíço-Brasileiro de Inovação e Sustentabilidade.
Lazzeri lembrou que o Brasil é o principal mercado da Suíça. “A Suíça está entre os dez parceiros do Brasil. São 530 empresas suíças no país”, disse. O diplomata citou a área da infraestrutura como de grande potencial de investimento suíço no Brasil. “Há um grande potencial nos setores de portos e aeroportos, assim como nas áreas de água e energia “, comentou. “A Suíça tem uma característica similar com o Brasil. Nós falamos com todo o mundo. Buscar a paz e achar soluções é uma característica histórica nossa.
Podemos trabalhar, em parceria com o Brasil, na produção do direito internacional humanitario e agenda na África.” O embaixador também pontuou o “crescimento incrível ” do turismo envolvendo Brasil e Suíça e explicou que, em 2022, cerca de 350 mil brasileiros visitaram a Suíça. “Temos um voo direto entre Zurique e São Paulo. O Brasil é um dos mercados prioritários para nós, em termos de turismo”, disse.
O embaixador revelou que a Suíça tomou a iniciativa de restaurar o relógio oferecido pela França a Dom João VI ao Brasil. O objeto foi vandalizado durante invasão dos terroristas ao Palácio do Planalto, em 8 de janeiro passado. Os suíços ficaram sensibilizados com a depredação e resolveram usar sus expertise para recuperar uma jóia de valor histórico inestimável. A Embaixada da Suíça ofereceu um almoço aos convidados. No cardápio, queijo e salame suíço, frango ao molho de mostarda, peixe e risoto de abobrinha.