Dia 21 de junho – Fête de la Musique
Espelhando as Festas Juninas que acontecem anualmente no Brasil em junho, a Embaixada da França no Brasil, a Rede das Alianças Francesas no Brasil e o Festival Coquetel Molotov atravessam fronteiras sonoras para celebrar a música na 39ª edição da “Fête de la Musique 2021” (Festa da Música 2021) em mais uma edição virtual. O projeto conta com o apoio do Institut Français e do Centre National de la Musique na França.
O destaque da programação é a exibição inédita do
filme L’Homme Statue, de Olivia Lang sobre as relações musicais do Brasil com a França e com a participação especial do multiartista Loïc Koutana, francês radicado no Brasil, e o Dj e produtor brasileiro Zopelar. O Documentário narrado por L’Homme Statue traz as participações de Linn da Quebrada e Yndi da Silva. A transmissão do filme é através das redes das Alianças Francesas
https://www.youtube.com/channel/UCzgcwYjDMfYwI7kuyD4xw2A, Canal AF Brasil e pelo youtube do Coquetel Molotov.
A transmissão pelas redes das Alianças Francesas e Canal AF Brasil
https://www.youtube.com/channel/UCzgcwYjDMfYwI7kuyD4xw2A
Em sua 39ª edição, a Fête de La Musique 2021 acontece no dia 21 de junho (segunda-feira), em formato virtual com transmissão pela Redes das Alianças Francesas e Canal da AF Brasil, para celebrar o solstício de verão no hemisfério norte, data já tradicional do calendário francês desde 1982, quando se reúnem músicos e artistas amadores e profissionais da música de diferentes estilos e estéticas.
Devido ao contexto sanitário da Pandemia, a edição de 2021 da Fête de La Musique permaneceu virtual, mas com uma programação inovadora e diferenciada, para oferecer ao público conteúdos digitais em diversos formatos e estéticas. Estas novidades foram construídas com a colaboração da Embaixada da França, a Rede das Alianças Francesas no Brasil, o Festival Coquetel Molotov e os apoios do Instituto Francês e do Centro Nacional de Música na França, para permear o encontro das culturas francesa e brasileira em toda sua diversidade.
“Para esta edição, que será virtual, ainda marcada pelo contexto sanitário, desejamos perpetuar este espírito aberto, democrático e festivo, assim como inovar, a fim de incentivar o encontro das culturas francesa e brasileira em toda sua diversidade. Espelhando as Festas Juninas, que acontecem também anualmente no Brasil em junho, propomos um evento unificador, popular e de qualidade. Diferentes formatos, artistas e estéticas serão homenageados, refletindo a efervescência que anima os cenários musicais franceses e brasileiros de hoje. Este festival se coloca como uma pedra fundamental para preparar a recuperação musical pós-pandemia”, acredita Vincent Zonca, Adido Cultural na Embaixada da França.
A Fête de la Musique 2021 abre caminho para futuras colaborações sem fronteiras. Os interessados poderão acompanhar a transmissão nas redes sociais das Alianças Francesas (https://www.youtube.com/channel/UCzgcwYjDMfYwI7kuyD4xw2A), entre elas a Aliança Francesa Rio de Janeiro.
“O 21 de junho é um momento central para a expressão da vida musical, para trazer energia nessa data simbólica do solstício de inverno (no Brasil) e do verão (na França). A Fête de la Musique celebra a música viva e valoriza a diversidade das práticas musicais numa transgressão e mistura
entre nossas duas culturas de maneira sempre alegre”, afirma Quentin Richard, coordenador Cultural da rede das Alianças Francesas.
Ana Garcia, diretora do Coquetel Molotov, afirma que se sente lisonjeada em criar esse olhar diferente sobre a Fête de la musique e destaca que o festival sempre teve uma relação forte com a França. “Desde 2006 trazemos artistas de lá para tocarem e realizarem turnês pelo país em parceria com a Embaixada Francesa no Brasil, o Institut Français e a Aliança Francesa. Artistas como Hindi Zahra, Sebastien Tellier, Soko, La Femme e muitos outros vieram pela primeira ao Brasil por causa da nossa parceria“, lembra.
Na abertura, às 18h45, o miniconcerto da L’impératrice, uma famosa banda de
rock francesa, que neste momento está do outro lado do Atlântico com sua música pop evocando tanto David Bowie quanto Daft Punk e rompendo as fronteiras geracionais e estéticas. Capturado no telhado da Filarmônica de Paris, o pequeno trecho do concerto destaca a Fête de la Musique, uma apresentação ao ar livre com os telhados de Paris em foco. Uma introdução suave sob um céu com jazz, funk e reflexos pop, antes da mudança para o Brasil. L’impératrice é um
grupo muito bem identificado na França, onde atinge um grande público, jovem mas não só.
A segunda atração e um dos destaques desta edição é a exibição do documentário
L’Homme Statue, às 19 horas, sobre as relações musicais entre Brasil e França. O filme é estrelado pelo multiartista Loïc Koutana, francês radicado no Brasil, e o Dj e produtor brasileiro Zopelar. O filme é dirigido por Olivia Lang com produção criativa de Rodrigo de Carvalho e traz entrevistas, performances e números musicais de artistas brasileiros, como Linn da Quebrada e Yndi da Silva.
Loïc Koutana, do L’Homme Statue acredita que o fato de ser um artista preto, LGBTQIA+ trará um novo ponto de vista para essa relação. “Isso me faz
vivenciar tudo de forma diferente da visão tradicional de um francês no Brasil”, afirma. “São dois países que se completam naturalmente com respeito e admiração mútuas entre as culturas. Eu como franco- africano achei meu compromisso de vida no Brasil e me sinto um pouco na África e um pouco na Europa aqui”, opina.
O jovem dançarino e músico francês será o mestre de cerimônias. Reconhecido internacionalmente por suas apresentações com o coletivo paulistano Teto Preto, ele está atualmente em exibição na sala de vídeo do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Depois de várias turnês internacionais (Nuits sonores em Lyon, Palais des Beaux-Arts em Bruxelas, Teatro Rialto em Montreal), ele decidiu se estabelecer em São Paulo e se concentrar em sua carreira musical. Ele então lançou várias faixas promissoras, e agora está preparando o lançamento de seu primeiro álbum, a meio caminho entre o jazz, o electro-pop e a canção. Ele é apoiado por seu selo Urban Jungle (que também produz artistas brasileiros conhecidos como Céu, Boogarins ou OTO) e por sua comunidade digital (1,2 milhão de seguidores no TikTok e 159.000 seguidores no Instagram), com os quais ele compartilha diariamente suas criações e suas lições de francês.
O documentário também traz entrevista com a atriz, cantora, ativista social e compositora brasileira Linn da Quebrada, com a cantora francesa Yndi e com a cantora francesa Laure Briard.
Linn da Quebrada é uma artista líder da nova cena pop brasileira. Ficou conhecida
através de seus primeiros álbuns de vanguarda, misturando pop e funk brasileiro. Também é conhecida por seu compromisso com o reconhecimento dos direitos da comunidade LGBTQI+.
A jovem parisiense Yndi acaba de lançar seu primeiro álbum sob um novo pseudônimo, Yndi. Depois de uma carreira sob o pseudônimo de Dream Koala, o artista de origem brasileira volta com um projeto mais pop, reinventando o formato violão e voz, tão caro aos brasileiros.
Como herdeira digna de Françoise Hardy, Margo Guryan ou VashM Bunyan, Laure
Briard compõe álbuns intimistas entre o realismo e a poesia. Atuando tanto no campo do pop, do rock de garagem e da bossa nova, ela tece pequenos pedaços de yé-yé psicodélico onde suavemente conjuga a crueldade de nossa existência. Ela acaba de lançar um EP com a banda
brasileira Boogarins e desfruta de uma certa notoriedade aqui no Brasil.
Encerrando a programação, às 19h30, a exibição de um show ao vivo do grupo
La Femme. Com suas melodias e vocais adolescentes, esta banda pop francesa se reinventa para nos fazer dançar por aproximadamente 1 hora. Nascida em Biarritz nos anos 2010, La Femme não é, como seu nome poderia indicar, um projeto solo, mas um coletivo, construído em torno da
dupla Marlon Magnée e Sasha Got. O grupo encarna a renovação da cena rock francesa e atrai suas influências tanto no punk, no jazz e na música eletrônica. Depois de um sucesso internacional com seu segundo álbum Mystère, eles lançam uma nova obra, Paradigmes, ainda no selo emblemático Born Bad Records. Além de incorporar o novo cenário do rock francês, La Femme é um grupo que vem exportando muito, especialmente na América do Sul, e tem planos de se espalhar para o Brasil.
SOBRE A ALIANÇA FRANCESA
A Aliança Francesa é uma referência no idioma e, sem dúvida, a instituição mais conhecida do mundo, quando o assunto é a difusão da língua francesa e das culturas francófonas. Possui, atualmente, mais de 830 unidades em 132 países, onde estudam cerca de 500.000 alunos. Na França, ela conta com escolas e centros culturais para estudantes estrangeiros. O Brasil tem a maior rede mundial de Alianças francesas com 37 associações e 68 unidades.
É a única instituição no Brasil autorizada pela Embaixada da França a aplicar os exames que dão acesso aos diplomas internacionais DELF e DALF, reconhecidos pelo Ministério da Educação Nacional francês. A Aliança Francesa também é centro
de exames oficial para aplicação de testes internacionais com validade de dois anos TCF (Teste de Conhecimento do Francês) e TEF Canadense (Teste de Avaliação de Francês) e do teste nacional com validade de um ano Capes (reconhecido pelas agências CAPES e CNPq do MEC).
SERVIÇO:
Segunda-feira – 21 de junho
- Horário: 18h45 – miniconcerto do grupo L’impératrice
- Horário: 19h – exibição do documentário L’Homme Statue, de Olivia Lang estrelado por Loïc Koutana (também transmitido pelo canal do youtube do Coquetel Molotov)
- Horário: 19h30 – exibição da gravação do show ao vivo do grupo La Femme
Toda a programação tem a exibição através das redes das Alianças Francesas e Canal AF Brasil: https://www.youtube.com/channel/UCzgcwYjDMfYwI7kuyD4xw2A