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Home Diplomacia Política

Bispo Xeque-Mate: a Visita Estratégica do Presidente Lula da Silva à China

por OmundoDiplomaico
13 de maio de 2025
Reading Time: 4 mins read

– Por Francisco Leandro, Professor Associado da Universidade de Macau (China)

A visita do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à China, nos dias 12 e 13 de maio de 2025, representa uma acção geopolítica significativa, semelhante a um “xeque-mate de bispo” no jogo de xadrez internacional. Visando a combater o mercantilismo caótico e autodestrutivo do presidente Trump e a percepção geral dos Estados Unidos como o maior desestabilizador da ordem econômica, a visita altera o foco internacional da instabilidade para um novo vislumbre de esperança econômica em escala transcontinental. Como no caso de um “xeque-mate ao bispo”, que é jogado em quatro movimentos:

Primeiro Movimento: Liderança na América Latina e no Mundo de Língua Portuguesa – O presidente Lula chega a Beijing como líder da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e da maior economia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Esse duplo papel de liderança ressalta a influência do Brasil nas esferas regional e linguística, fazendo Lula como uma figura-chave na promoção de laços ainda mais fortes entre a América Latina e os países de língua portuguesa com a China. A participação na quarta reunião ministerial do Fórum China-CELAC, agendada na sua visita, destaca a importância desse relacionamento. Pois esta reunião ministerial servirá como uma plataforma para discutir assuntos de interesses mútuos e aumentar a cooperação em diversos setores, incluindo comércio, investimento e intercâmbio cultural.

Segundo Movimento: Potência Econômica da América do Sul – Como o líder da economia mais forte da América do Sul e do único país da região com superávit comercial com a China, a visita do presidente Lula tem como objetivo explorar alternativas aos atuais sistemas de pagamento internacionais dominados pelo dólar americano. Espera-se que as discussões incluam a possível introdução de uma moeda do BRICS, que poderia fornecer uma alternativa viável para transações internacionais entre os parceiros do sul global. Essa medida busca mitigar a influência econômica do dólar e promover um sistema financeiro global mais equilibrado. A introdução de uma moeda do BRICS poderia revolucionar a dinâmica do comércio internacional, oferecendo um ambiente financeiro mais estável e equitativo para as economias emergentes. Para isso, há cinco desafios principais a serem conquistados: 1) Estabilidade econômica: O estabelecimento de uma nova moeda requer a garantia de sua estabilidade e confiabilidade, o que pode ser difícil, dada a volatilidade dos mercados globais; 2) Confiança e aceitação: Pode ser um desafio convencer outros países e empresas internacionais a adotar a nova moeda em vez do bem estabelecido dólar dos EUA; 3) Infraestrutura: É uma tarefa complexa desenvolver a infraestrutura financeira necessária para dar suporte à nova moeda, incluindo sistemas de pagamento e estruturas regulatórias; 4) Resistência política: Pode haver resistência política dos países que se beneficiam do atual sistema dominado pelo dólar; 5) Coordenação: A coordenação eficaz entre os países do BRICS e outros parceiros é essencial para garantir a implementação e o funcionamento sem problemas da nova moeda.

Terceiro Movimento: Defesa da Paz e do Desenvolvimento – A visita do presidente Lula à China também é uma oportunidade para reiterar o compromisso do Brasil com a paz e o desenvolvimento. Espera-se que ele promova várias iniciativas importantes que são cruciais para o Brasil e para a região mais ampla da América do Sul, incluindo o desenvolvimento do Corredor Bioceânico, que visa melhorar a conectividade entre os Oceanos Atlântico e Pacífico, e a cooperação nos setors aeroespacial e espacial, e de energia, defesa, corredores comerciais marítimos, economia digital e IA, agricultura, mineração de nióbio e terras raras, bem como investimentos significativos na infraestrutura ferroviária do Brasil. Esses projetos não são apenas vitais para o crescimento econômico do Brasil, mas também para a promoção da integração e a cooperação regional. O Corredor Bioceânico, em particular, promete transformar as rotas comerciais e a logística, promovendo a prosperidade econômica de todo o continente.

Quarto Movimento: Defender o Multilateralismo – Defensor firme do multilateralismo, a visita do presidente Lula à China pode ser o catalisador de novos acordos diplomáticos. Ao promover laços mais estreitos entre a China, o Brasil e a União Europeia, Lula pretende criar um novo bloco econômico que poderia impulsionar o crescimento global. Essa cooperação trilateral poderia servir de contrapeso às potências econômicas existentes e promover uma ordem econômica global mais equitativa. O estabelecimento de tal acordo não só aumentaria a colaboração econômica, mas também abriria caminho para iniciativas conjuntas em áreas como mudança climática, inovação tecnológica e desenvolvimento sustentável. Essa parceria trilateral pode aproveitar os pontos fortes de cada região para criar um cenário econômico mais equilibrado e diversificado em termos de comércio e investimento, desenvolvimento sustentável, infraestrutura e conectividade, inovação e tecnologia, multilateralismo e governança global.

A visita do presidente Lula da Silva à China é uma ação estratégica que destaca a crescente influência do Brasil no cenário global, bem como o reforço da posição da China como parceira global. Ao alavancar seus papéis de liderança na CELAC e na CPLP, defender alternativas econômicas ao dólar, promover iniciativas de paz e desenvolvimento e defender o multilateralismo, Lula está posicionando o Brasil como um ator importante na formação do futuro das relações internacionais. Essa visita não é apenas um compromisso diplomático, mas um movimento calculado para consolidar a posição e a influência do Brasil na arena global, à medida que explora a criação de alternativas viáveis. Os resultados dessa visita podem ter influências de longo alcance, possivelmente remodelando as percepções geopolíticas e as parcerias econômicas nos próximos anos.

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