• HOME
  • SOBRE NÓS
  • AMÉRICAS
22 °c
Brasília
26 ° sáb
27 ° dom
26 ° seg
25 ° ter
O Mundo Diplomático
No Result
View All Result
  • O Mundo Na TV
  • Brasil
  • Embaixadas
  • Turismo & Gastronomia
  • Diplomacia Ambiental
  • Diplomacia Política
  • O Mundo Na TV
  • Brasil
  • Embaixadas
  • Turismo & Gastronomia
  • Diplomacia Ambiental
  • Diplomacia Política
No Result
View All Result
O Mundo Diplomático
No Result
View All Result
Home Diplomacia Política

Filha de sobreviventes do Holocausto diz que nazismo foi naturalizado

Libertação do campo de extermínio de Auschwitz completa 80 anos

por Fabiana Ceyhan
9 de fevereiro de 2025
Reading Time: 6 mins read

No 80º aniversário da liberação de prisioneiros do campo de extermínio de Auschwitz, Clara Levin Ant, filha de judeus poloneses sobreviventes da Segunda Guerra Mundial, entende que o nazismo continua a existir com alguma força e cita o crescimento de núcleos neonazistas pelo mundo e até no Brasil. Clara adverte que o nazismo, o neonazismo, o uso de símbolos e gestos nazistas e o antissemitismo são crimes no Brasil e devem ser punidos. “O maior drama que nós estamos vivendo é que foi naturalizado.”

“O antissemitismo, tal como o racismo, é crime no Brasil. É preciso deixar isso claro que para que volte a estar na pauta do dia a dia das pessoas o receio de que, quando se faz um gesto, participa de uma manifestação ou defende uma ideia nazista ou o antissemitismo, saiba que vai ser punido pela lei. Não dá pra ignorar, não dá pra fingir que a lei não existe”, frisa a boliviana radicada no Brasil

Nesta segunda-feira (27), quando eventos em diversas partes do mundo lembram os 80 anos da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, sob domínio do regime nazista pelas tropas soviéticas, durante a Segunda Guerra Mundial, os veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) – Agência Brasil, Rádio Nacional e TV Brasil– conversaram com Clara Ant, que atualmente é assessora especial da Presidência da República brasileira.

Neonazismo

Clara percebe as manifestações neonazistas como tentativas de apagar na humanidade as ações contra o nazismo. “Estamos em um momento, em um mundo que parte da política, da humanidade, dos que lideram é destrutiva, predadora da cultura, do pensamento, da humanidade no seu significado mais pleno.”

Sobre o gesto feito duas vezes pelo bilionário sul-africano Elon Musk, de bater com força no peito com a mão direita e estender enfaticamente o braço, após a cerimônia de posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no último dia 20, Clara Ant entende que foi uma saudação nazista inequívoca.

“A chave disso é a desinformação cultivada pela extrema-direita e seus líderes que trabalham para desinformar e para impedir que as pessoas tenham discernimento. De um lado, eles falam com quem vai gostar do gesto e, de outro lado, fingem um ‘não é comigo’, para ninguém ficar informado de que aquilo tem a ver com a maior tragédia da humanidade, o nazismo.”

Ela enfatiza que deve haver um esforço contra a desinformação a respeito do Holocausto. Clara aponta o resgate da verdadeira história do povo africano no Brasil graças à educação e a leis nacionais como o Estatuto da Igualdade Racial de 2010, e a lei das cotas raciais. “A desinformação que existia sobre a escravidão, hoje, tem uma barreira no conhecimento. Acho que a mesma coisa tem que ser amplificada no que diz respeito ao neonazismo e ao antissemitismo. Ambos são crimes na lei brasileira.”

Clara explica que as atitudes neonazistas não podem ser acobertadas. “A gente não pode deixar passar pano nos recados como daquele período [a Segunda Guerra Mundial]. Todos os dias, temos que estar alertas pela democracia, porque a preservação dela é a melhor maneira de impedir que o racismo, o nazismo, o antissemitismo venham a vingar em algum país.”

A ativista ainda defende que seja feito um trabalho de conscientização para o combate à intolerância religiosa que persegue judeus no Brasil.

Memórias

Brasília (DF) 27/01/2025 - Hoje é o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é comemorado em 27 de janeiroFoto:Clara Ant/Arquivo pessoal
Brasília (DF) 27/01/2025 – A família de Clara Ant fugiu com outros sobreviventes do Holocausto para a Bolívia, depois veio para o Brasil Foto- Clara Ant/Arquivo pessoal

Os pais de Clara Ant se conheceram refugiados no Cazaquistão e se casaram em 1944. Em 1945, tiveram a primeira filha na Alemanha oriental. Os três fugiram com outros sobreviventes do Holocausto para a Bolívia, onde, em 1948, Clara Ant nasceu. E aos 10 anos veio morar no Brasil. A terceira filha já nasceu no país. As três fazem parte da primeira geração do pós-Guerra.

E neste dia de preservação das memórias das vítimas do Holocausto, Clara Ant relembrou relatos de parentes sobre os horrores da Segunda Guerra, na Polônia. Somente o pai perdeu cerca de 41 familiares em uma mesma cidade da Polônia. Aos 14 anos, a mãe dela diz ter visto cidadãos serem fuzilados e enterrados em uma vala comum.

Histórias de mortes e desaparecimentos nas famílias paterna e materna que a própria classifica como sendo de um período de sombras.

Em oposição, Clara compartilha os exemplos de solidariedade que salvaram muitos judeus durante o conflito mundial e após o Holocausto. Ela também afirma ser testemunha da fase luminosa de criação da cultura antinazista nas pessoas. “O cinema, o teatro, a literatura, os debates condenavam este período do nazismo. Então, foi criada uma cultura universal contra o fascismo. Tudo era para impedir a volta do nazismo.”

Em sua trajetória no Brasil, a arquiteta é uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na vida política, a ativista pelos direitos humanos e pela democracia foi deputada estadual constituinte, em São Paulo, e assessora desde o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando atuou na estruturação e implementação do programa Fome Zero.

Ela se recorda da reunião, em 2004, no Palácio do Planalto do presidente Lula com lideranças estrangeiras e brasileiras da comunidade judaica para pedir apoio para adoção do dia 27 de janeiro como data internacional em memória das vítimas do Holocausto. Segundo Clara, neste mesmo dia, Lula subscreveu a petição dirigida à ONU. A partir de 2006, foram registrados os primeiros eventos em celebração à data no Brasil.

Clara conta que, em 2010, o presidente Lula escolheu a primeira sinagoga das Américas, Kahal Zur Israel, em Recife, fundada no século XVII, para homenagear as pessoas assassinadas no holocausto.

Em 2008, houve o encontro do presidente brasileiro com o então presidente de Israel, Shimon Peres, na embaixada do Brasil em Pequim, China.

Brasília (DF) 27/01/2025 - Foto de arquivo onde se vê uma reunião com presidente Lula - Hoje é o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é comemorado em 27 de janeiroFoto: Ricardo Stuckert/PR
Brasília (DF) 27/01/2025- Foto de arquivo onde se vê uma reunião com presidente Lula – Hoje é o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é comemorado em 27 de janeiro Foto: Ricardo Stuckert/PR – Ricardo Stuckert/PR

80 anos da libertação de Auschwitz

No momento da libertação do campo de extermínio de Auschwitz do domínio nazista pelo Exército Vermelho, durante a Segunda Guerra Mundial, cerca de 7 mil prisioneiros foram libertados, em janeiro de 1945.

Auschwitz é considerado o maior dos campos de extermínio da história e a queda dele é entendida como marco da derrota do nazismo. Estima-se que entre 1,1 milhão e 1,3 milhão de pessoas foram assassinadas ali, a maioria judeus.

O 27 de janeiro foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2005 como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, o genocídio cometido pelos nazistas alemães e que matou sistematicamente, entre 1939 e 1945, 6 milhões de judeus, ciganos, homossexuais, comunistas, negros, pessoas com deficiência, entre outros grupos considerados racialmente inferiores pelos adeptos do líder do Partido Nazista, Adolf Hitler.

Anualmente, a data reúne sobreviventes, autoridades e representantes da sociedade civil com o objetivo de manter viva a memória das vítimas; lembrar a tentativa de extermínio, sobretudo, do povo judeu; outros crimes cometidos no período; além de prevenir que estes eventos do século XX se repitam.

No Brasil, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) postou em sua rede social sobre a importância de manter viva a memória deste capítulo da história da humanidade. “Lembrar não é apenas um ato de resistência, é um compromisso com a vida.” E acrescentou que o antissemitismo (preconceito e discriminação contra judeus) é racismo.

No Holocausto, a maioria dos assassinatos ocorreu em campos de concentração, projetados para trabalho escravo e extermínio em massa, por meio de fuzilamento e câmaras de gás. Majoritariamente no leste da Europa, os nazistas estabeleceram cerca de 15 mil campos e subcampos de concentração nos países ocupados pela Alemanha Nazista.

Fonte: Agência Brasil

Tags: antissemitismoAuschwitzAuschwitz-BirkenauBrasilcampo de extermínioClara AntConibdemocraciadesinformaçãodireitos humanosfome zerogenocídioHitlerHolocaustointolerância religiosa.judeusliberdadeLulamemória.nazismoneonazismoONUpreconceitoracismoresistênciaSegunda Guerra Mundial
Post Anterior

Hostels brasileiros recebem reconhecimento mundial na premiação considerada o ‘Oscar’ do setor

Próximo Post

Apenas dez países entregaram metas climáticas; prazo termina segunda

Related Posts

Diplomacia Política

BB assina acordo de US$ 1 bi com Banco de Desenvolvimento da China

29 de maio de 2025
Diplomacia Política

Anúncio de política de restrição de vistos direcionada a estrangeiros que censuram americanos

28 de maio de 2025
Diplomacia Política

Atravessando Juntos o Vento e a Chuva: A Construção de uma Comunidade de Futuro Compartilhado entre a China e a América Latina – Práticas e Perspectivas Futuras

27 de maio de 2025
Diplomacia Política

Brasília é a capital com maior inflação na cesta básica em 6 meses

27 de maio de 2025
Diplomacia Política

Semana da Língua Alemã 2025 une países com o mesmo idioma e uma extensa agenda cultural

26 de maio de 2025
Diplomacia Política

Fórum Parlamentar do BRICS tem 22 delegações confirmadas

26 de maio de 2025

Pesquisar

No Result
View All Result

Últimas Notícias

BB assina acordo de US$ 1 bi com Banco de Desenvolvimento da China

29 de maio de 2025

Copa Brasília de Ginástica 2025 reúne milhares de atletas e recebe Jade Barbosa e Arthur Zanetti

28 de maio de 2025

Anúncio de política de restrição de vistos direcionada a estrangeiros que censuram americanos

28 de maio de 2025

Kuwait e Arábia Saudita descobrem mais petróleo

28 de maio de 2025

Dia da Independência do Azerbaijão é celebrado em grande estilo

27 de maio de 2025

Atravessando Juntos o Vento e a Chuva: A Construção de uma Comunidade de Futuro Compartilhado entre a China e a América Latina – Práticas e Perspectivas Futuras

27 de maio de 2025

Bélgica terá novo embaixador no Brasil

27 de maio de 2025

Azerbaijão Encanta Brasileiros: Destino Fascinante

27 de maio de 2025

Brasília é a capital com maior inflação na cesta básica em 6 meses

27 de maio de 2025

Exposição Itinerante: Netsuke Contemporâneos Esculpidos em Madeira

26 de maio de 2025

SOBRE NÓS

Somos jornalistas profissionais, poliglotas e trabalhamos com ética e respeito aos organismos Internacionais no Brasil e em Brasília. Nossas notícias são diárias e você poderá ter acesso ao mundo e suas relações com o Brasil acessando o nosso canal no You Tube e em nosso site.

Leia Mais
Facebook Instagram Youtube Twitter

© 2023 O Mundo Diplomático

No Result
View All Result
  • BRICS
  • Ásia
  • Américas
  • Europa
  • Brasil
  • O Mundo Na TV
  • Embaixadas
  • Turismo & Gastronomia
  • Diplomacia Ambiental
  • Diplomacia Política
  • Negócios

© 2023 O Mundo Diplomático

Translate »