A Austrália ofereceu refúgio climático aos moradores do arquipélago de Tuvalu no Oceano Pacífico. O primeiro-ministro australiano Anthony Albanese explicou, em coletiva, que o acordo permitirá acolher 280 pessoas por ano com “direitos especiais” para viver e trabalhar na Austrália.
O acordo foi firmado na 52ª reunião de líderes do Fórum das Ilhas do Pacífico, a decorrer nas Ilhas Cook. Tuvalu tem cerca de 11.200 residentes num território ameaçado pela subida das águas e está identificado pelo Banco Mundial e pelas Nações Unidas como um Estado em risco de ficar totalmente despovoado. Por causa das mudanças climáticas e subida de nível dos oceanos, a nação insular está “afundando”, segundo o seu próprio governo divulgou na ONU.
O primeiro-ministro australiano Anthony Albanese anunciou pela primeira vez da história um sistema de migração climático legal. “A Austrália vai implementar um sistema especial para acolher até 280 pessoas por ano, e isto por forma a permitir aos habitantes de Tuvalu que estes venham para a Austrália para viver, trabalhar e estudar.”
A mensagem enviada ao mundo é um sinal forte aos “vizinhos” da Austrália, tendo em conta que outros Estados do Pacífico, como a República de Kiribati e a ilha de Nauru, também veem as suas populações ameaçadas de deslocação devido à subida do nível do mar. Em contrapartida, Cambera vai dispor de um direito de veto em relação a todos os acordos securitários concluídos por Tuvalu com outro país.
Segundo um estudo da Organização não-governamental, Groundswell, pelo menos 216 milhões de pessoas no mundo, vão ter de migrar por causas climáticas.
As informações são da Rádio França Internacional