A Força Aérea da Índia (IAF) alegou ter abatido meia dúzia de aviões militares paquistaneses em maio, durante um rápido conflito na fronteira entre os dois países, mas as acusações foram negadas pelo Paquistão.
As declarações foram feitas pelo Comandante da IAF, Marechal A.P. Singh, que afirmou em coletiva de imprensa ter abatido ao menos cinco caças paquistaneses, além de uma aeronave maior, possivelmente um avião de vigilância SAAB 2000 AEW&C. Segundo Singh, um dos abates foi realizado a uma distância recorde de 300 quilômetros entre o ponto de lançamento do míssil e o impacto, o que ele classificou como “o recorde mundial de abate por míssil terra-ar“.
Esse feito teria sido realizado por um sistema S-400, de fabricação russa, mas nenhuma prova foi apresentada. Além disso, o desempenho insatisfatório desse sistema durante a invasão da Ucrânia levanta dúvidas sobre as alegações, principalmente após a confirmação da destruição do mais moderno sistema S-500 no leste europeu.
Singh também declarou que caças F-16 foram destruídos em solo, junto a outro SAAB 2000 de vigilância aérea. Esse ataque teria sido realizado com mísseis de cruzeiro BrahMos, mas não há confirmação clara dos danos causados às aeronaves em solo no Paquistão, apenas evidências visuais de danos em hangares, sem detalhes sobre o conteúdo armazenado.
As alegações indianas foram prontamente rebatidas por Khawaja Muhammad Asif, ministro da Defesa do Paquistão, que desafiou a Índia a abrir suas bases para observadores independentes e propôs que o Paquistão faria o mesmo para comprovar o número real de caças de ambos os países.
“Essas alegações tardias da Índia contrastam com o Paquistão, que apresentou provas técnicas à mídia internacional, além de evidências fotográficas que mostram destroços de caças Rafale e outros jatos russos abatidos pelo Paquistão”, afirmou Asif.
“Então, que ambos os lados submetam seu arsenal aéreo à verificação independente, apesar de suspeitarmos que isso exporia a realidade que a Índia prefere manter oculta”, concluiu o ministro paquistanês, ressaltando que a desinformação só agrava as tensões entre os países.
Fonte: Aeroin