Os desafios da economia brasileira, como o controle da inflação, foram tema da participação do ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, na Conferência AlUla para Economias de Mercados Emergentes, na Arábia Saudita, nesta segunda-feira (17), mas o ministro também teve outras pautas, como investimentos, comércio e cooperação, em reuniões paralelas realizadas durante passagem pelo país árabe.
Haddad se encontrou no domingo (16) com o ministro de Investimentos da Arábia Saudita, Khalid Al-Falih. “Analisamos as relações econômicas e de investimentos entre nossos dois países amigos e discutimos maneiras de desenvolvê-las e promovê-las em diversas áreas vitais de interesse comum”, publicou o ministro saudita nas redes sociais da pasta.
O ministro brasileiro, referindo-se ao encontro com Al-Falih e com o ministro das Finanças do Catar, Ali bin Ahmed Al Kuwari, que ocorreram na mesma data, mas em momentos diferentes, informou tratar-se de um dia de agendas para aperfeiçoar as relações bilaterais. “Parcerias estratégicas e investimentos na área da Transformação Ecológica”, explicou Haddad em suas
Haddad também teve reunião paralela, na Arábia Saudita, nesta segunda-feira (17) com os ministros sauditas da Economia e Planejamento, Faisal Alibrahim, e Finanças, Mohammed Al-Jadaan. No mesmo dia em que participou da conferência, ele remeteu a agenda ao fortalecimento das parcerias estratégias pela estabilidade financeira e o desenvolvimento sustentável em níveis regional e global.
O Ministério da Economia e Planejamento da Arábia Saudita informou que o tema da reunião de Alibrahim com Haddad foi formas de aprimorar a cooperação econômica entre os dois países por meio de oportunidades de investimentos e intercâmbio comercial, além de outros assuntos de interesse comum.
Na sua intervenção na Conferência AlUla para Economias de Mercados Emergentes, promovida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e Ministério das Finanças da Arábia Saudita, na cidade de AlUla, nos dias 16 e 17 de fevereiro, o ministro Haddad falou que a inflação do Brasil, em torno de 4% e 5%, está relativamente dentro da normalidade e que o País deixou para trás período em que a taxa superava dois dígitos. Ele disse que câmbio e valorização do dólar pressionam a inflação.
Brasil no G20
O ministro frisou o crescimento econômico de 3,5% do Brasil em 2024, contradizendo as previsões internacionais e nacionais. “O Brasil tem feito um trabalho tentando encontrar um caminho de equilibro e sustentabilidade mesmo em fase de um ajuste importante”, disse ele. Haddad também falou da presidência brasileira no G20 e disse que o País defendeu uma reglobalização sustentável, não só voltada ao mercado, mas também ao combate às desigualdades regionais e à distribuição de oportunidades econômicas.
Fonte: Anba