Apesar do otimismo do governo brasileiro e das sinalizações positivas da Europa para a assinatura final do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, possivelmente no dia 20 de dezembro, no Rio de Janeiro, agricultores franceses prometem manter a resistência e “lutar contra” a concretização do tratado.
Segundo ele, os agricultores europeus têm custos de produção mais altos que os do Mercosul, são proibidos de usar agrotóxicos permitidos nos países sul-americanos e terão um novo imposto sobre fertilizantes nitrogenados a partir de 2026. Para a classe produtiva europeia, o acordo pode gerar uma “concorrência desleal” que beneficiará agricultores de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, disse d’Alissac.
“Temos um custo de produção mais elevado. Não temos grandes confinamentos, a questão dos pesticidas que vocês utilizam e nós não temos o direito de utilizá-los. E isso aumenta, obviamente, o nosso custo produtivo”, argumentou.
D’Alissac citou um novo imposto que será cobrado dos produtores a partir de janeiro de 2026, de 30 a 400 por tonelada de adubo nitrogenado químico. “Todo mundo produz isso com gás. Vamos pagar esse imposto. É uma nova distorção da concorrência. Vocês [sul-americanos] não vão pagar esse imposto. O produto que vão vender para nós também não vai sofrer a imposição. Os agricultores europeus não entendem esse jogo duplo”, criticou.






































































