A Embaixada da Espanha em Brasília celebrou na quarta-feira (15), o Dia Nacional. O evento reuniu autoridades brasileiras, representantes do corpo diplomático, membros da comunidade espanhola e convidados.
A embaixadora Mar Fernández-Palácios abriu com uma referência ao poeta Antonio Machado, citando seu famoso verso: “Caminhante, não há caminho; faz-se caminho ao andar.”
“Hoje celebramos não apenas a Espanha — uma nação solidária, dinâmica e inovadora —, mas também a relação sólida que construímos com o Brasil ao longo das últimas décadas, baseada no progresso e no bem-estar mútuo”, afirmou a diplomata.
Fernández-Palácios ressaltou a importância das empresas espanholas atuantes no Brasil, que colocam a Espanha como o segundo maior investidor estrangeiro no país. A embaixadora também mencionou o papel das comunidades de descendentes de imigrantes espanhóis, beneficiadas pela Lei da Memória Democrática.
Ela destacou ainda a parceria estratégica entre Espanha e Brasil na defesa do multilateralismo, da democracia e no enfrentamento à fome, à pobreza e à desigualdade.
“Espanha e Brasil atuam lado a lado, não apenas na esfera econômica e comercial, mas também na construção de uma ordem mundial mais justa e pacífica”, completou.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, marcou presença no evento e lembrou a contribuição da imigração espanhola para o desenvolvimento social, econômico e cultural do Brasil.
“Sob a liderança da embaixadora, os laços de amizade e cooperação entre Espanha e Brasil foram oficialmente reconhecidos, em 2003, como estratégicos”, recordou.
evidenciados em cooperação
A programação da noite contou com um painel cultural diversificado, incluindo a apresentação da cantora folclórica Karmento, representante da nova geração da música tradicional espanhola. Natural de Castilla-La Mancha, a artista mistura sonoridades rurais e mediterrâneas com influências contemporâneas, preservando a essência das raízes
Homenagem ao poeta Antonio Machado
(1875–1939), um dos maiores nomes da literatura espanhola moderna. Integrante da Geração de 98, Machado é lembrado por sua poesia reflexiva e humanista, marcada pela passagem do tempo e pela busca de sentido na vida. Entre suas obras mais conhecidas estão Soledades, galerías y otros poemas e Campos de Castilla. Exilado na França durante a Guerra Civil Espanhola, o poeta faleceu em 1939.