Na noite de terça-feira (16), a Embaixada do Chile no Brasil realizou uma cerimônia em homenagem aos 215 anos de independência do país, proclamada em 18 de setembro de 1810.
O evento reuniu autoridades brasileiras e chilenas e teve como destaque a condecoração concedida pelo governo chileno a personalidades estrangeiras.
Solenidade de Entrega
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, receberam a Ordem de Bernardo O’Higgins, na categoria Grande Oficial. Essa condecoração é destinada a estrangeiros que contribuem de forma significativa para fortalecer a amizade, a solidariedade e a cooperação com o Chile.
Barroso expressou gratidão pela homenagem e destacou a essência coletiva da democracia:
“Aceito esta honraria com profunda humildade. A democracia constitucional é uma moeda de duas faces: a soberania popular e o respeito aos direitos fundamentais”, em seu discurso Barroso afirmou que não devemos deixar que outros governos tentem comandar o Brasil. Barroso mencionou também o asilo concedido pelo Chile a brasileiros durante períodos da ditadura militar no Brasil.
Simone Tebet dedicou a condecoração ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reforçou seu compromisso com a integração sul-americana. Ela mencionou as cinco rotas de integração regional propostas ao governo — quatro delas passando por portos chilenos
Tebet informou que esteve várias vezes no Chile e afirmou que pretende voltar ainda neste governo para fomentar ainda mais as relações entre os dois países.
O adido militar chileno, coronel Yuri Fuentes, relembrou a tradição anual de homenagear o Exército do Chile em 19 de setembro, através importância histórica desde a independência.
Fuentes também frisou os desafios atuais da instituição, incluindo segurança multidimensional, assistência em situações de emergência e participação em missões internacionais de
João Marcelo Galvão de Queiroz, diretor para a América do Sul do Ministério de Relações Exteriores enfatizou os laços históricos entre Brasil e Chile, que chegarão a 190 anos em 202 e recordou o acolhimento de exilados brasileiros pelo Chile há seis décadas e as recentes visitas de alto nível — do presidente Gabriel Boric ao Brasil e do presidente Lula a Santiago — que resultaram na assinatura de 31 acordos bilaterais nas áreas de turismo, saúde, agricultura, segurança, cultura e combate à pobreza.
O embaixador Sebastián Depolo , ao despedir-se do Brasil ,exaltou a sintonia política e os avanços recentes na relação entre os dois países:
“São quase dois séculos de amizade sem fronteiras, de diálogo constante e cooperação ininterrupta em benefício de nossas nações” e destacou ainda o aumento do turismo, da conectividade aérea e o avanço da Rota Bioceânica de Capricórnio, que ligará o Centro-Oeste brasileiro ao norte chileno.
Vinícolas Chilenas trouxeram para o evento vinhos premiados, expondo a qualidade dos vinhos chilenos exportados para todo o mundo.. As regiões de Maipo, Colchagua e Casablanca apresentaram rótulos de Carménère, Cabernet Sauvignon, Syrah, Chardonnay e Sauvignon Blanc.