O crescimento da economia da Arábia Saudita neste ano está sendo impulsionado pelo setor não petrolífero, indicou um relatório sobre o desempenho econômico do país divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Embora ainda dependente das receitas e produção de petróleo, que está em 9 milhões de barris por dia, no menor patamar desde 2011, o país do Golfo está obtendo resultados da sua iniciativa de diversificação econômica.
O fundo afirmou que neste ano o crescimento do setor não petrolífero deverá ser de 3,4%, cerca de 0,8 ponto percentual menor do que em 2024, impulsionado por projetos do governo, principalmente aqueles da Visão 2030, de diversificação econômica. A expectativa de crescimento geral da economia é de 3,5% neste ano sobre 2024, 3,9% em 2026 e manter uma estabilidade de altas de 3,3% no médio prazo.
Alguns dos setores que estão liderando essa expansão do setor não petrolífero são varejo, hotelaria e construção, além de consumo interno. Foram esses setores que ajudaram o país a compensar uma queda de 4,4% do PIB petrolífero em 2024.
O FMI observou, ainda, que a taxa de desemprego encerrou o ano passado no patamar mínimo histórico de 7%, em uma melhora “generalizada”. Esse avanço se reflete em redução no desemprego de jovens e mulheres e aumento de 12% na geração de vagas pelo setor privado, ao mesmo tempo que as contratações do setor público estão desacelerando.
Ao avaliar as contas do país árabe, o FMI também indicou um aumento no déficit fiscal para o equivalente a 2,5% do PIB e observou que a Arábia Saudita é um dos países com menor endividamento no mundo: a dívida líquida corresponde a 17% do PIB. O setor bancário, informou o fundo, está capitalizado e é resiliente, mas os custos com financiamento estão em crescimento.
Fonte: Anba