Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul é fortalecido durante reuniões do G20

Cúpula do Ibas deve ser realizada em novembro de 2024, no Rio de Janeiro

Image | MRE / Márcio Batista

Entre as expectativas do Brasil na presidência do G20, além das discussões de alto nível das três principais prioridades estabelecidas para este mandato, está a revitalização e o fortalecimento do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas).

Com esse objetivo, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, além de participar de 17 reuniões bilaterais agendadas para o encontro do Rio de Janeiro, convidou a chanceler Grace Naledi Pandor, da África do Sul, e o ministro V. Muraleedharan, da Índia, para uma primeira reunião ministerial do fórum, em muitos anos.

O organismo, criado em 2003 durante o primeiro mandato do presidente Lula, congrega três grandes democracias multiétnicas, multirraciais e do Sul-Global. “Essa é sua marca distintiva. No Ibas você tem democracias que buscam superar a pobreza e que têm importância geopolítica em suas regiões”, explica o embaixador Eduardo Paes Saboia, Secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Segundo o embaixador, assim como o Brics, bloco criado posteriormente e que também reúne os três países do fórum, o Ibas faz parte de um movimento que busca provocar mudanças na ordem internacional a partir da visão e interesses de países do Sul Global.

Na reunião do dia 22 de fevereiro, os ministros decidiram fortalecer o Fundo Ibas, uma iniciativa de cooperação Sul-Sul, bem como realizar uma primeira reunião de autoridades do fórum em segurança alimentar e nutrição, alinhada com uma das três prioridades definidas pelo presidente Lula para o G20.

Outro avanço foi o acordo, entre os três ministros, em realizar uma Cúpula do Ibas no Rio de Janeiro, em novembro de 2024, que contará, pela primeira vez, com a participação de países convidados, de maneira a estabelecer diálogos não apenas no eixo Sul-Sul, mas também Sul-Norte.

Para a Cúpula, o fórum irá buscar construir consensos em áreas importantes como tributação para reduzir as desigualdades, posições coordenadas em matérias para a reforma da ONU, incluindo seu Conselho de Segurança, fortalecimento do multilateralismo e de temas da área ambiental.

As informações são do G20 Brasil.

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