A embaixadora da Alemanha, Bettina Cadenbach, esteve no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), esta semana. Ela foi recebida pelo presidente do Instituto, Rodrigo Agostinho, e pelo diretor de Proteção Ambiental (Dipro), Jair Schmitt.
Durante a conversa que manteve com Agostinho e Schmitt, Bettina demonstrou interesse no trabalho que o Ibama realizou no ano passado, principalmente sobre a redução de 50% do desmatamento na Amazônia.
“Reconhecemos o importante papel dos servidores do Ibama para resistir aos retrocessos ambientais do governo anterior, resultado de ações efetivas de comando e controle”, parabenizou a embaixadora. Ela aproveitou para conhecer, também, as instalações do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).
Agostinho explicou que os bons números obtidos pelo Ibama foram possíveis graças à forte presença da fiscalização nos locais onde se concentravam as maiores taxas de desmatamento, além de outras práticas: o uso da tecnologia e a descapitalização daqueles que destroem a floresta, como a apreensão de gado seguida do embargo de terras, a localização e a destruição de equipamentos utilizados para o cometimento de crimes ambientais.
“Cerca de 20 municípios da região amazônica reúnem metade do total de derrubada ilegal de mata”, lembrou o presidente do Ibama.
Durante o encontro, o diretor da Dipro antecipou pontos do novo projeto do Instituto para ações de combate ao desmatamento na Amazônia e em outros biomas. A proposta tem foco na fiscalização remota, em sistemas informatizados, no controle do comércio do mercúrio, no reforço de bases operacionais e de treinamento, na aquisição de aeronaves, bem como na gestão e na governança.
“Sempre na lógica de fortalecer o federalismo. O Ibama é referência em fiscalização ambiental, queremos aumentar a troca de experiência com estados e municípios para reforçar as ações de combate ao desmatamento”, afirmou Jair Schmitt.
A Alemanha faz parte do grupo de países financiadores do Fundo Amazônia. Desde dezembro de 2010, por meio do KfW Entwicklungsbank, fez seis doações que totalizaram R$ 300 milhões. É o segundo maior doador do Fundo.
As informações são do Ibama.