O ano de 2025 começou com um marco histórico para a aviação na América Latina e no Caribe. Em janeiro, 42,3 milhões de passageiros foram transportados, representando um crescimento de 2,4% em comparação com o mesmo mês de 2024.
De acordo com o relatório da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), detalhado pelo portal parceiro Aviacionline, esse desempenho foi impulsionado pela reativação de rotas, pela implementação de políticas de céu aberto e pelo aumento do turismo internacional.
O tráfego doméstico teve um papel fundamental nesse aumento, sendo responsável por 44% do crescimento total. O Brasil liderou esse segmento, transportando 8,6 milhões de passageiros, um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior. Outros países, como Argentina e México, também registraram crescimento, demonstrando sinais de recuperação após meses de desafios.
Expansão do tráfego internacional
O mercado de voos entre países da região cresceu 10,5%, atingindo 5,3 milhões de passageiros. Destaques incluem: Brasil-Chile, com aumento de 41%; e Equador-Panamá, com crescimento de 53%.
No tráfego de longo curso, as conexões com a Europa cresceram 14,6%, enquanto as ligações com a América do Norte aumentaram 10,4%, impulsionadas principalmente pela rota entre o Panamá e os Estados Unidos.
Frequências, capacidade e ocupação
O número total de voos na região alcançou 345.331, um crescimento de 4,8%. A capacidade de assentos chegou a 53,8 milhões (+3,6%), com um fator de ocupação de 84,7%, 1,1 ponto percentual acima de 2024.
Principais mercados internacionais
A ALTA destacou o desempenho de alguns dos principais mercados da região:
Colômbia cresceu 13,2%, transportando 2,3 milhões de passageiros. A rota entre Medellín e Panamá teve um aumento de 48% em frequências, enquanto os voos para o Peru cresceram 36%, impulsionados pela conexão entre Medellín e Buenos Aires, que dobrou sua frequência para 170 voos mensais.
Brasil registrou crescimento expressivo na rota entre Florianópolis e Santiago, com aumento de 57% nas operações. O mercado entre Brasil e Argentina também cresceu 31% em frequências, e as conexões entre Florianópolis e Buenos Aires dispararam 175%, impulsionadas pela entrada de uma nova companhia aérea.
República Dominicana alcançou um recorde histórico com 1,8 milhão de passageiros internacionais (+3%). A rota entre Bogotá e Punta Cana cresceu 26%, enquanto as conexões com o Panamá aumentaram 12%.
México transportou 5,6 milhões de passageiros internacionais (+6%). A rota entre a Cidade do México e Dallas cresceu 28%, enquanto as conexões com a Alemanha aumentaram 17%, impulsionadas pelas novas rotas para Tulum e San José del Cabo, que adicionaram 4.844 passageiros ao fluxo.
Argentina registrou 1,5 milhão de passageiros internacionais (+22%), beneficiada por políticas de desregulação e abertura de mercado. Destaques incluem as rotas entre Tucumán e Punta Cana, com mais de 900 passageiros, e Buenos Aires – Lima, que cresceu 116%.
Chile teve um aumento de 17,1%, atingindo 1,2 milhão de passageiros. A rota entre Santiago e Mendoza adicionou mais de 110 frequências, enquanto as conexões com a Austrália cresceram 50%. A nova rota entre Santiago e Punta Cana, operada por uma companhia aérea dominicana, registrou um crescimento impressionante de 563%.
Desempenho dos mercados domésticos
No tráfego doméstico, a ALTA destacou os seguintes dados:
Brasil liderou o crescimento absoluto, registrando 8,6 milhões de passageiros (+5,3%). Destacaram-se as rotas entre Belo Horizonte e São Paulo (+25%) e entre os aeroportos de Congonhas e Guarulhos (+30%), que juntas transportaram mais de 361.000 passageiros.
Colômbia movimentou 2,8 milhões de passageiros (+3,5%). A rota entre Bogotá e Medellín foi a mais movimentada, com 484.000 passageiros, apesar de uma leve redução de 1% nas frequências. Já a rota entre Cartagena e Medellín cresceu 75%, adicionando 339 frequências.
México cresceu 5,5%, atingindo 5,07 milhões de passageiros. Enquanto Cancún teve uma leve queda de 0,7%, aeroportos como Santa Lucía (+78%), Monterrey (+19,2%) e Guadalajara (+15%) apresentaram crescimento sólido.
Argentina registrou aumento de 7%, com 1,5 milhão de passageiros. A rota entre Buenos Aires e as Cataratas do Iguaçu destacou-se com crescimento de 60% em frequências.
Chile teve uma queda de 2,5%, transportando 1,6 milhão de passageiros, mas a rota entre Puerto Montt e Punta Arenas cresceu 21%.
Peru avançou 16,4%, com 1,4 milhão de passageiros.
Panamá registrou o maior crescimento percentual, com quase 40% de aumento, atingindo 41.831 passageiros.
Esses números demonstram um cenário positivo para a aviação na América Latina e no Caribe, refletindo um período de recuperação e crescimento impulsionado por investimentos em infraestrutura, ampliação de rotas e aumento da demanda turística.
Fonte: Aeroin