A Embaixada da República do Zimbábue celebrou nesta terça-feira (22), em razão do feriado prolongado, a Data Nacional do país, originalmente comemorada em 18 de abril. A ocasião marca os 45 anos de independência do Zimbábue, último país africano a se libertar do domínio colonial, consolidando sua soberania em 1980.
O evento não apenas rememorou um momento histórico, mas também refletiu o espírito de celebração e renovação, evidenciando o compromisso do Zimbábue com um futuro de desenvolvimento sustentável e cooperação internacional.
Participaram da cerimônia o secretário de África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte; e o diretor do Departamento de África do MRE, ministro Antonio Augusto Martins Cesar. Todos foram recebidos pelo embaixador do Zimbábue, Meshack Kitchen.
Em seu discurso, o embaixador Meshack Kitchen destacou a trajetória histórica e os desafios superados desde a independência do país, em 1980, ressaltando a importância da cooperação internacional. Com bom humor e sabedoria popular, afirmou: “De grão em grão, a galinha enche o papo”, para ilustrar os avanços graduais do Zimbábue rumo ao desenvolvimento sustentável. Ao mencionar as relações bilaterais com o Brasil, reforçou: “A união faz a força”, destacando a importância da solidariedade e do trabalho conjunto entre os países do Sul Global.
Atualmente, o Zimbábue se posiciona de forma estratégica no cenário internacional com seu apoio ao BRICS, grupo que reforça a multipolaridade global e a construção de uma nova ordem baseada em parcerias igualitárias. Em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, o país vem implementando políticas voltadas à segurança alimentar, transição energética e preservação ambiental.
Com os olhos voltados para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 30, que será sediada no Brasil, o Zimbábue reafirma seu compromisso com a justiça climática, a inclusão social e o fortalecimento da cooperação Sul-Sul como caminhos para um mundo mais resiliente.
A celebração dos 45 anos de independência foi, portanto, não apenas uma lembrança do passado, mas uma afirmação de futuro com a diplomacia ativa, sustentabilidade e integração como pilares centrais de sua jornada, foi marcada por um clima de otimismo, cooperação e reafirmação dos laços históricos e diplomáticos com o Brasil.