Ecoturismo, turismo cultural e turismo científico: essas são apenas três das diversas atividades possíveis de se fazer em um geoparque. Neste domingo (6), a Embratur comemora o Dia Internacional da Geodiversidade e a data chega no momento em que a Agência atua em diversas frentes para apoiar a 7ª Conferência da Rede de Geoparques da América Latina e Caribe, marcada para acontecer um mês depois, entre 6 e 9 de novembro, na Universidade Luterana do Brasil, em Torres (RS), com atividades também em Praia Grande (SC).
A 7ª Conferência da Rede de Geoparques da América Latina e Caribe reunirá especialistas internacionais de diferentes áreas de geoparques para compartilharem experiências, boas práticas e fortalecer a atuação em rede dessas instituições e terá a Marca Brasil exibida em diversos setores, além do site oficial.
Apoiar eventos internacionais sediados no Rio Grande do Sul é uma das estratégias da Embratur para reerguer o estado após as enchentes que castigaram várias cidades gaúchas em maio deste ano.
“Apoiar a promoção desta conferência é importante, também, para impulsionar a economia local. Estamos falando de um evento internacional, que atrai visitantes de diferentes países e regiões, que gera impacto econômico positivo para toda a região, desenvolvendo o turismo sustentável e a inovação”, destaca o presidente da Embratur, Marcelo Freixo.
Além disso, a conferência tem potencial para pontuar no ranking da International Congress & Convention Association (ICCA). A Embratur já mapeou as características para contabilizar mais eventos para o ranking do Rio Grande do Sul e do Brasil em 2024, projetando maior destaque internacional para o país e para os destinos gaúchos.
Caminhos dos Cânions do Sul
O Brasil tem seis geoparques reconhecidos pela Unesco. O Geoparque Seridó, no Rio Grande do Norte, o Geoparque Araripe, no Ceará, o Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul, que abrange parte do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, o Geoparque Quarta Colônia e o Geoparque Caçapava, ambos no estado gaúcho. Completando a lista, o Geoparque Uberaba, em Minas Gerais, o mais recente a ganhar o título internacional da Unesco.
O Geoparque Mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul conecta a serra gaúcha com o litoral catarinense. A região passa pelos municípios gaúchos de Cambará do Sul, Mampituba e Torres, cidade que sediará a conferência, e pelos catarinenses Jacinto Machado, Morro Grande, Praia Grande e Timbé do Sul. A história geológica do território tem cerca de 250 milhões de anos e a formação está relacionada com o rompimento do supercontinente Gondwana e abertura do Oceano Atlântico Sul.
Os cânions da região limitam o planalto e a planície costeira com desníveis que chegam a mil metros, isso a menos de 50 quilômetros do mar. A região apresenta inúmeras quedas d’água, piscinas naturais, lagoas e rios, além de praias e campos de dunas. Neste cenário, encontram-se também paleotocas, abrigos escavados por animais já extintos, que viveram há mais de 10 mil anos. O Geoparque também reúne um rico patrimônio cultural indígena, quilombola e dos imigrantes açorianos, alemães e italianos, além das marcas do movimento do tropeirismo na região.
A Conferência
A 7ª Conferência da Rede de Geoparques da América Latina e Caribe é promovida pela Associação Internacional de Geoparques, pela Rede de Geologia da América Latina e Caribe (Red Geolac) e, no Brasil, pelo Geoparque Mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul. O país volta a sediar a conferência após 14 anos – as últimas sedes foram Equador, Peru e México.
O formato de fórum garante o intercâmbio de conhecimento, a colaboração e inovação para impulsionar a preservação do patrimônio geológico e cultural e a promoção do desenvolvimento sustentável e consciência global. O encontro também marcará as comemorações dos 20 anos da Rede Mundial de Geoparques da Unesco.
Fonte: Embratur