No atual cenário de guerra do Oriente Médio, analistas mencionam seguidamente os Acordo de Oslo, que em setembro completaram 30 anos. O nome faz referência à cidade de Oslo, capital da Noruega, onde se reuniram representantes de Israel e dos palestinos, mediados pelo presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton.
O processo de paz de Oslo, de 1993, teve sem momento culminante ocorreu em setembro de 1993, quando o então primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin e o líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat, apertaram as mãos em um gesto simbólico de comprometimento com a paz.
Curiosamente, a foto que mostra os três juntos não foi feito em Oslo. Foi tirada em uma reunião no jardim da Casa Branca, em Washington, em 13 de setembro de 1993. Com o famoso aperto de mãos, Israel passou a reconhecer a OLP como representante dos palestinos e esta, por sua vez, reconheceu o direito de existência de Israel. Além disso, a violência como método de negociação da paz entre os dois Estados foi condenada.
Possível solução de conflitos
Os Acordos de Oslo estabeleceram uma abordagem escalonada para a resolução do conflito, dividindo as responsabilidades entre Israel e a Autoridade Palestina. A ideia era estabelecer um governo palestino autônomo nas áreas ocupadas e abrir caminho para a criação de um estado palestino independente.
Além do fim dos conflitos, tratavam da retirada de Israel do sul do Líbano e a questão do status de Jerusalém. A cidade sagrada seria novamente dividida. A ideia é que a porção Oriental seria a capital do estado palestino e a Ocidental, de Israel.
Estes tratados representaram um marco histórico nas relações entre as duas partes, buscando resolver décadas de conflitos e construir um caminho para a coexistência pacífica. Em 1994, Yitzhak Rabin, o ministro israelense de relações exteriores Shimon Peres e Yasser Arafat, receberam o Prêmio Nobel da Paz “por seus esforços para criar a paz no Oriente Médio”.
O acordo foi recebido com grande entusiasmo pela comunidade internacional, que viu nele uma oportunidade real para acabar com o conflito de décadas entre Israel e os palestinos.
Melhoria nas relações
Olhando em retrospectiva, os acordos de Oslo trouxeram uma série de benefícios para a paz no Oriente Médio:
Redução da violência: Os acordos levaram a uma redução significativa da violência entre israelenses e palestinos. Em 1993, ocorreram 397 ataques palestinos contra Israel, no ano seguinte o número caiu para 120.
Melhoria das relações econômicas: Os acordos resultaram em uma melhoria das relações econômicas entre Israel e os palestinos. Em 1994, o comércio bilateral entre os dois países aumentou cerca de 50%.
Crescimento da confiança: Os acordos ajudaram a construir confiança entre Israel e os palestinos. Em 1994, Rabin e Arafat se reuniram em Jerusalém.
Apesar dos benefícios, os acordos de Oslo não foram perfeitos. Um segundo acordo, chamado de Oslo 2, que tratava do futuro da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, foi assinado em setembro de 1995.
Em 1995, Rabin foi assassinado por um extremista israelense, o que representou um duro golpe para o processo de paz.
Os acordos de Oslo permanecem sendo um marco importante no processo de paz no Oriente Médio. Eles representaram um primeiro passo significativo para a resolução do conflito, e continuam sendo uma inspiração para aqueles que trabalham pela paz na região.