Pela primeira vez, a Copa dos Refugiados e Imigrantes– torneio de futebol envolvendo pessoas de diferentes nacionalidades no Brasil– acontecerá na capital de Minas Gerais, Belo Horizonte. O evento oficial de abertura será realizado hoje (7), no Teatro João Paulo II (Auditório da PUC Minas).
Com jogos previstos para este final de semana, equipes da Bolívia, Haiti, Peru e Venezuela vão disputar o inédito campeonato que acontecerá no complexo esportivo da PUC Minas.
A Copa dos Refugiados e Imigrantes é um projeto nacional, realizado pela organização Pacto pelo Direito de Migrar (PdMig) e com os apoios institucionais da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e da Agência da ONU para Migrações (OIM).
Com o tema “Acolha a imigração: refúgio e migração são direitos humanos”, os jogos acontecerão no sábado (8), a partir das 12h, e no domingo (9), a partir das 8h, no Complexo Esportivo da PUC Minas. O evento esportivo contará com a participação de aproximadamente 80 atletas de quatro países: Bolívia, Haiti, Peru e Venezuela.
A Copa dos Refugiados e Imigrantes é um projeto nacional, realizado pela organização Pacto pelo Direito de Migrar (PdMig) e com os apoios institucionais da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e da Agência da ONU para Migrações (OIM). Em Minas Gerais, a organização do evento está sendo realizada com apoio da associação La Casa Común del Pan, em parceria com a Defensoria Pública da União (DPU), a Associação Mineira do Ministério Público, a PUC-Minas e a organização REUNIU-MG.
Integração – Articuladora da Copa do Refugiados em Minas Gerais, a venezuelana Yolis Lyon, presidente da La Casa Común del Pan, destaca a importância de Minas Gerais em integrar as competições nacionais da Copa dos Refugiados e Imigrantes.“Consideramos a realização da Copa como um importante passo na mobilização da população refugiada e migrante em Belo Horizonte e região metropolitana. Teremos a oportunidade de promover uma discussão sobre a nossa realidade de deslocamento, assim como os desafios de integração local”, destaca Yolis, liderança indígena da etnia Warao.
Para o capitão do time do Peru, Cristian Chacón Quispe, a realização da Copa dos Refugiados e Imigrantes contribuirá para dar visibilidade e voz às comunidades refugiadas e imigrantes que vivem em Belo Horizonte. “Será a oportunidade de mostrarmos nossa cultura, nossos conhecimentos e toda riqueza que trazemos conosco. Também possibilitará conhecer e confraternizar com outras nacionalidades e, ainda, compartilhar com os brasileiros toda essa diversidade”, afirma o jogador que entrará em campo neste sábado.
A Copa dos Refugiados e Migrantes acontece em 2022 depois de dois anos sem etapas em razão da pandemia de COVID-19. Neste ano, a Copa está sendo realizada em sete capitais (Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo), envolvendo 54 seleções e mais de 1,1 mil jogadores de 48 nacionalidades.
O maior evento esportivo envolvendo refugiados e imigrantes no Brasil busca promover a socialização, mostrar toda a resiliência e perpetuar a convivência harmoniosa entre pessoas de diferentes nacionalidades, contribuindo para o enfrentamento do preconceito e da xenofobia ao incentivar a inclusão dessa população no Brasil.
ONU Brasil