Embaixada da Noruega sedia evento da ONU Mulheres Brasil

Roda de diálogos reuniu representantes do movimento de mulheres indígenas e embaixadas parceiras

A ONU Mulheres e a Embaixada da Noruega organizaram, no dia 12 de setembro, uma roda de diálogos entre representantes do movimento de mulheres indígenas e embaixadas parceiras, no marco da III Marcha das Mulheres Indígenas. O diálogo contou com as representantes da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), Cristiane Pankararu, e da Fepipa, Concita Sõpré.
Na ocasião, o embaixador da Noruega, Odd Magne Ruud, reafirmou a parceria com a ONU Mulheres por meio do projeto “Direitos Humanos das Mulheres Indígenas e Quilombolas: Uma Questão de Governança”, que fortalece a participação das mulheres indígenas na formulação e implementação de políticas públicas. “O programa norueguês de apoio aos Povos Indígenas no Brasil celebra 40 anos este ano reforçando o quanto essa agenda é prioritária para nós”, comemorou, o embaixador.
A representante da ONU Mulheres no Brasil, Anastasia Diviniskaya, relembrou o histórico de colaboração. “É uma honra trabalhar na consolidação e fortalecimento do movimento das mulheres indígenas no Brasil junto com as mulheres e a Embaixada da Noruega por mais de 10 anos. O movimento das mulheres indígenas é forte, poderoso e estratégico”, disse.
A reunião contou com a participação das embaixadas da Austrália, Canadá, Dinamarca, França, Finlândia, Nova Zelândia, Reino Unido, Suécia e a União Europeia, além do USAID. Durante o encontro, Cristiane Pankararu e Concita Sõpré falaram sobre as prioridades de mobilização das mulheres indígenas, suas contribuições para o país, e a necessidade de contar com parcerias no enfrentamento aos inúmeros desafios que enfrentam.
“É nesse processo de empatia e etnosororidade que a gente faz essa caminhada com mulheres indígenas, e a expectativa é continuar fazendo em defensa da mãe terra e das mulheres e territórios”, enfatizou Cristiane Pankararu.
Concita Sõpré, da Fepipa, agradeceu o apoio dos parceiros e acrescentou: “A ANMIGA tem crescido e, depois de 523 anos de silêncio, seguimos demandando direitos. Aldear a política é necessário e acabar com a violência e a discriminação também” concluiu.
A ONU Mulheres e a Embaixada da Noruega lançaram em janeiro de 2021 o projeto “Direitos humanos das mulheres indígenas e quilombolas: uma questão de governança!” com o objetivo de buscar caminhos para eliminar a discriminação contra as mulheres indígenas e quilombolas no Brasil. A iniciativa se dedica a contribuir com o fortalecimento de políticas, planos e orçamentos que atendam às necessidades e prioridades dessas mulheres nos estados do Maranhão e Pará e em quatro municípios: Grajaú (MA), Penalva (MA), Mocajuba (PA) e Santa Luzia do Pará (PA).
Sair da versão mobile