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Estudantes estrangeiros geram bilhões de euros para Alemanha

Estudo mostra que quem chega para estudar, mesmo recebendo uma educação superior gratuita, beneficia os cofres públicos e ajuda o crescimento econômico do país, através de impostos e contribuições para a previdência.

por Fabiana Ceyhan
27 de março de 2025
Reading Time: 5 mins read

Os estudantes estrangeiros geram bilhões de euros para os cofres públicos da Alemanha e ajudam a estimular o crescimento econômico, de acordo com um estudo publicado na semana passada pelo Instituto Econômico Alemão (IW).

Os pesquisadores da entidade, sediada em Colônia, calcularam que apenas os 79 mil estudantes estrangeiros que começaram a estudar na Alemanha em 2022 pagarão quase 15,5 bilhões de euros (quase R$ 100 bilhões) a mais em impostos e contribuições para a previdência social do que receberão em benefícios.

O presidente do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), Joybrato Mukherjee, que encomendou o estudo, disse que o resultado mostra que “os estudantes estrangeiros são um trunfo para o nosso país de muitas maneiras, não apenas academicamente, mas também economicamente”.

A Alemanha tem uma elevada “taxa de permanência” de estudantes estrangeiros: de acordo com um estudo da OCDE de 2022, cerca de 45% das pessoas que foram para a Alemanha com um visto de estudante em 2010 ainda estavam no país dez anos depois.

Nesse período, eles já terão mais do que coberto o custo de sua educação: o IW calculou que esse custo estará coberto, pelo pagamento de impostos e contribuições para a previdência social, se 40% deles permanecerem por três anos após o término dos estudos.

Por que estudantes estrangeiros gostam da Alemanha?

Certamente há vários motivos para estudantes estrangeiros optarem pela Alemanha, mas um foi particularmente atraente para o desenvolvedor de software egípcio Younis Ebaid, de 28 anos, que se mudou para Ingolstadt em 2021 para fazer seu mestrado em inglês em engenharia automotiva na Universidade Técnica de Ciências Aplicadas (THI) da cidade bávara.

“Minha primeira opção eram países de língua inglesa, mas é muito, muito caro”, explica Ebaid. “A Alemanha era a opção mais acessível.” Quase todas as instituições acadêmicas na Alemanha não cobram mensalidades, mesmo para estudantes estrangeiros.

O ensino superior gratuito pode ter sido estabelecido devido a preocupações com justiça social, muitas décadas atrás, mas hoje ele é um incentivo para atrair mão de obra qualificada para o país.

“Nós só pagamos contribuições públicas semestrais, que na minha universidade eram de 60 euros por semestre – isso é ainda mais barato do que minha universidade no Egito”, diz Ebaid.

Ingolstadt também pontuava por outros motivos: essa cidade de apenas 140 mil pessoas é a sede da montadora Audi, que financia grande parte da pesquisa feita no THI.

Ebaid disse que muitos de seus professores tinham experiência de trabalho na gigante automobilística. “Basicamente, a cidade inteira respira automóveis, então foi uma opção muito boa”, acrescenta.

Transição para o mercado de trabalho

O ensino superior na Alemanha pode até ser gratuito, mas o custo de vida na Baviera é maior do que o de Ebaid no Egito – razão pela qual ele encontrou um trabalho de meio período como desenvolvedor de software em Munique, um emprego mediado pelos serviços universitários.

O economista Wido Geis-Thöne, coautor do relatório, disse que esta foi a principal surpresa do estudo: “Estudantes estrangeiros estão fazendo contribuições já durante seus estudos, porque uma grande parte deles consegue emprego”.

Bem mais difícil é a transição para o mercado de trabalho após a formatura. Os empregos de meio período mediados pela universidade são apenas para estudantes. Depois que se formam, os estrangeiros estão no mercado de trabalho como todos os outros, e a indústria automotiva da Alemanha está passando por uma fase difícil. Tanto a Audi quanto a Volkswagen têm demitido trabalhadores nos últimos meses.

“Quando cheguei à Alemanha, a economia estava em boa forma”, diz Ebaid. “Mas, quando terminei meu mestrado, em 2024, o declínio começou. Eu enviei candidaturas por oito meses até conseguir um emprego de tempo integral.”

Enquanto não achava emprego, Ebaid se virou trabalhando em restaurantes e hotéis. Hoje ele é engenheiro de desenvolvimento de software para uma empresa indiana global que faz software para fabricantes de automóveis alemães. “Tive sorte”, comenta. “Era uma das poucas empresas que estava iniciando projetos.” Ele menciona que conhece ex-colegas que estão há mais de um ano procurando trabalho.

Ficar na Alemanha

A experiência de Ebaid corrobora o resultado do estudo do IW. Na última década, a Alemanha tentou criar uma estrutura legal para fazer com que estudantes estrangeiros permanecessem no país. “No mundo anglo-saxão, não é sempre o caso que eles realmente queiram que os estudantes estrangeiros fiquem”, diz Geis-Thöne. “Na verdade, às vezes há obstáculos legais para isso.”

Se em outros países os estudantes estrangeiros são vistos principalmente como uma fonte de renda extra para as universidades, na Alemanha a indústria começou a ver os campi universitários como locais de recrutamento. Ebaid concorda: “O sistema que já está em vigor é muito bom”, diz. “Minha universidade deu workshops sobre como preparar um currículo, como se sair bem em entrevistas, como entrar no mercado alemão. Eles também organizam feiras anuais de empregos e trazem empresas para o campus universitário.”

Ebaid ressalva que sempre foi seu plano ficar na Alemanha depois dos estudos embora hoje, diante das dificuldades econômicas do país, ele esteja pensando em se mudar. “O principal problema é que as grandes empresas estão perdendo dinheiro, então estão fechando muitos projetos e demitindo muitas pessoas”, comenta.

A Alemanha pode estar fazendo muitas coisas certas, mas há espaço para melhorias. Ebaid diz que seu maior problema era a falta de flexibilidade quando se trata do idioma. “Em alguns escritórios do governo, as informações estão disponíveis apenas em alemão, e, embora as pessoas lá falem inglês, elas preferem falar alemão”, diz. “Isso é algo que eles podem melhorar: ser mais tolerantes com a barreira do idioma.”

Embora não precise falar alemão no seu emprego, onde o idioma de trabalho é o inglês, Ebaid está aprendendo alemão porque quer se candidatar à residência permanente. “Se eu fosse mais proficiente em alemão, minha vida teria sido muito mais fácil”, diz. “Fui rejeitado em muitas empresas porque o idioma de trabalho era o alemão.”

O IW fez várias recomendações sobre como melhor integrar os estudantes estrangeiros na força de trabalho, incluindo promover uma imigração direcionada – mas, acrescentou, esse não deve ser um fim em si mesmo. Afinal, educar pessoas de todo o mundo é, em última análise, vantajoso para a Alemanha, pois fortalece as relações com outros países e promove uma comunidade internacional no meio acadêmico – mesmo se, ou especialmente se, os estudantes estrangeiros voltarem para casa após seus estudos.

Fonte: Amp

Tags: AlemanhaAudibarreira do idiomaBavieraDAADeconomiaempregoensino superior gratuitoestudantes estrangeirosimigraçãoimpostosintegraçãomercado de trabalhoOCDEpermanência.previdência socialrelações internacionaisresidência permanenteuniversidadesVolkswagen
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