Os alemães vão ser chamados às urnas para escolher um novo governo em eleições antecipadas. O primeiro-ministro Olaf Scholz não sobreviveu à moção de confiança votada na tarde desta segunda-feira (16) no Parlamento.
A moção foi apresentada pelo próprio chanceler. Trata-se de uma iniciativa tatica para provocar eleições legislativas antecipadas após a coligação que sustentava o Governo ter sido dissolvida há mais de um mês.
O chanceler Scholz demitiu o ministro das Finanças e líder dos liberais alemães, Christian Lindner, por desentendimentos em relação ao Orçamento do Estado.
A data indicada para novas eleições é 23 de fevereiro, sete meses mais cedo do que o esperado.
Uma vez dissolvido o parlamento, a eleição deve ser realizada dentro de 60 dias. E a aprovação do presidente alemão Frank-Walter Steinmeier é tida como certa, pois ele ja indicou que concorda com a data proposta para a ida às urnas – 23 de fevereiro.
De qualquer forma, Steinmeier afirmou que quer conversar com todos os grupos parlamentares no Bundestag (parlamento alemão, por isso a decisão definitiva será conhecida depois do recesso de Natal. O presidente acrescentou ainda que não quer ser pressionado.
“O ritmo agitado da política diária e agora a pressão da mídia não ditam o procedimento. A Constituição e as suas regras, essas sim”, sublinhou o presidente alemão à ARD.
O chanceler Olaf Scholz, do Partido Social Democrata da Alemanha (SPD), acusou o Partido Democrático (FDP) de “sabotagem constante” e reiterou o seu desacordo com as propostas econômicas do FDP. Após Scholz ter demitido o ministro das Finanças Lindner, a coligação governista desmoronou.
Fonte: Agência Brasil