Investimento fora do petróleo puxa PIB saudita

No ano passado, economia saudita foi alavancada por consumo privado e investimentos no setor não petrolífero. Segundo FMI, país avança nos esforços de diversificação. PIB obtido fora da atividade de petróleo deve crescer 3,5% em 2024.

A Arábia Saudita vem avançando nos seus esforços de modernização e diversificação econômica para além do petróleo, de acordo com relatório do Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI). O documento informa que o Produto Interno Bruto (PIB) não petrolífero cresceu 3,8% na Arábia Saudita em 2023, puxado pelo consumo privado e por investimentos fora do setor de petróleo.

“A transformação econômica sem precedentes da Arábia Saudita está progredindo bem”, afirma o fundo, citando que esse é o propósito do Visão 2030, plano estratégico do país para chegar a 2030 dependendo menos do petróleo. O PIB de fora do setor cresceu, contradizendo o movimento da economia como um todo, que se contraiu 0,8% em 2023, impulsionado por cortes na produção petrolífera.

O fundo também afirma que a taxa de desemprego atingiu mínimos históricos, com taxa de participação feminina acima de 30%, que é meta para 2030. A inflação, após atingir pico de 3,4% em janeiro (na taxa anualizada), caiu para 1,6% em maio, sustentada por valorização da moeda local. Segundo o FMI, os acontecimentos geopolíticos não tiveram qualquer impacto importante na economia saudita até agora.

O país teve, no entanto, redução do superávit na conta corrente – registro de entrada e saída de capital – por causa da redução na exportação de petróleo e de forte crescimento da importação relacionadas ao investimento. O movimento foi atenuado por fatores como aumento de 38% nas receitas do turismo.

Projeções

Para 2024, o FMI espera crescimento de 1,7% no PIB da Arábia Saudita como um todo, com o PIB não petrolífero contribuindo com crescimento de 3,5%. Em 2025, a economia em geral deve avançar 4,7% e a não petrolífera aumentar 4,4%. A inflação deve ficar em 1,9% em 2024 e em 2% em 2025, segundo o fundo.

Fonte: Anba

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