O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) promoveram, nos dias 20 e 21 de agosto, oficina de planejamento para o desenvolvimento do Programa de Parceria Brasil-UNODC para a Promoção da Cooperação Sul-Sul e Trilateral.
O objetivo foi definir as prioridades de cooperação para o período de 2025 a 2029, marcando a retomada da parceria estratégica entre a ABC e o UNODC para enfrentar os desafios do Brasil e dos países do Sul Global na prevenção e combate aos crimes na área de drogas, corrupção, tráfico de ilícitos, criminalidade organizada transnacional, bem como sua convergência com os crimes ambientais.
Ao final da oficina, os participantes convidados iniciaram a elaboração do documento que servirá de base para a construção do programa de parceria a ser firmado entre as duas instituições.
Nos dias 20 e 21 de agosto, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, realizaram uma oficina de planejamento estratégico para o desenvolvimento do Programa de Parceria Brasil-UNODC para a Promoção da Cooperação Sul-Sul e Trilateral.
O evento aconteceu no Palácio Itamaraty, em Brasília, e reuniu representantes de diversas instituições governamentais brasileiras, além de especialistas do UNODC e da ABC.
O objetivo central da oficina foi alinhar as expectativas das partes envolvidas e definir as prioridades de cooperação para o período de 2025 a 2029, marcando a retomada da parceria estratégica entre a ABC e o UNODC para enfrentar os desafios do Brasil e dos países do Sul Global na prevenção e combate aos crimes na área de drogas, corrupção, tráfico de ilícitos, criminalidade organizada transnacional, bem como sua convergência com os crimes ambientais.
Na mesa de abertura, a coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks, a airetora do UNODC no Brasil, Elena Abbati e o coordenador-geral de Planejamento e Comunicação da ABC, Conselheiro Paulo Lima, destacaram a relevância estratégica da Cooperação Sul-Sul e Trilateral para a implementação da Agenda 2030 e a promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Silvia Rucks destacou a importância da cooperação Sul-Sul e Trilateral como “um mecanismo poderoso para promover o intercâmbio de conhecimentos e experiências, que permite aos países aprenderem uns com os outros e enfrentar desafios comuns de forma colaborativa” e destacou o papel do UNODC na consolidação do ODS 16 no Brasil, na promoção de sociedades pacíficas e inclusivas, garantindo o acesso à justiça e a construção de instituições eficazes e responsáveis, por meio de iniciativas e expertise que enfrentam os crimes, fortalecem o sistema de justiça, combatem a corrupção e promovem o estado de direito.
A coordenadora residente da ONU no Brasil ainda destacou a importância do evento para o avanço do Marco de Cooperação das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, firmado junto ao governo brasileiro, com destaque especial para a importância da colaboração estratégica e da inovação.
“O UNODC, apoia a construção de instituições mais eficazes e o desenvolvimento de políticas que promovem a segurança e a justiça social. Essa sinergia entre o mandato do UNODC e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável aborda questões imediatas relativas às drogas e aos crimes, mas também contribui para o desenvolvimento sustentável e para a criação de sociedades mais justas e resilientes”, afirmou a diretora do UNODC no Brasil, Elena Abbati.
Para o conselheiro de Planejamento e Comunicação da ABC, Paulo Lima, o evento “é resultado do entendimento comum entre ABC e UNODC de que é preciso explorar conjuntamente temas, desenvolver estratégias e novas ferramentas de implementação para alcançar os objetivos da cooperação Sul-Sul e trilateral no país e nas nações parceiras.”
Os representantes da ABC, entre eles, Cecilia Malaguti do Prado, coordenadora de Cooperação Sul-Sul Trilateral com Organismos Internacionais na Agência Brasileira de Cooperação (ABC), enfatizaram a importância de uma execução conjunta e integrada das iniciativas, apontando que a cooperação com o UNODC permitirá ao Brasil fortalecer sua posição como líder regional na promoção da paz, segurança e desenvolvimento. Eles também sublinharam a relevância da cooperação trilateral, que possibilita a troca de conhecimentos e a implementação de práticas inovadoras em outros países que enfrentam desafios semelhantes.
Ao final da oficina, os participantes convidados iniciaram a elaboração de um documento que servirá de base para a construção do programa de parceria a ser firmado entre as duas instituições.
Cooperação Sul-Sul Trilateral
A cooperação Sul-Sul e trilateral é uma modalidade de colaboração internacional que envolve países em desenvolvimento e, muitas vezes, uma organização multilateral. A cooperação Sul-Sul se refere ao intercâmbio de recursos, conhecimentos e práticas bem-sucedidas entre países do Hemisfério Sul, ou seja, nações em desenvolvimento, para enfrentar desafios comuns, como pobreza, desigualdade e insegurança.
A cooperação trilateral, por sua vez, amplia esse modelo ao incluir um terceiro ator, frequentemente um país desenvolvido ou uma organização internacional, que apoia a parceria com recursos financeiros, expertise técnica ou facilitando o diálogo entre os países do Sul. Esse tipo de cooperação promove uma abordagem colaborativa, onde os países envolvidos não apenas compartilham suas próprias boas práticas e experiências, mas também desenvolvem novas capacidades e fortalezem suas instituições através da colaboração mútua.
No contexto do UNODC, essa cooperação é crucial para abordar problemas globais, como o tráfico de drogas, o crime organizado e a corrupção, aproveitando as melhores práticas de diferentes países e adaptando-as às realidades locais. Através do Programa de Parceria Brasil-UNODC para a Promoção da Cooperação Sul-Sul e Trilateral, o Brasil se posiciona como um ator central na disseminação de conhecimentos e na promoção de políticas eficazes para a construção de um futuro mais seguro e sustentável em todo o mundo.
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Fonte: Nações Unidas Brasil