Em 2023, o comércio entre China e América Latina atingiu US$ 480 bilhões, com o Brasil como principal parceiro, destacando-se em exportações de soja e outros produtos.
Em 2023, o intercâmbio comercial entre a Chinae os países da América Latina atingiu um marco histórico, ultrapassando os US$ 480 bilhões, conforme estimativas baseadas em dados da Administração Aduaneira da República Popular da China (AGA).
Esse valor contrasta significativamente com os cerca de US$ 14 bilhões registrados em 2000, conforme a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). No ano em que comemoramos 50 anos de relações comerciais com o país asiático, o Brasil se destaca como o principal parceiro comercial da China na América Latina.
Comércio entre Brasil e China em 2023
Em 2023, o comércio bilateral entre Brasil e Chinatotalizou US$ 181 bilhões, dos quais US$ 122 bilhões representaram as exportações brasileiras, resultando em um superávit comercial de US$ 63 bilhões.
Essa relação comercial está em constante ascensão, evidenciando um cenário de oportunidades e progresso mútuo, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) referentes ao primeiro trimestre de 2024.
As importações brasileiras da China cresceram em média 12,7%, atingindo a marca de US$ 14 bilhões, enquanto as exportações para o país asiático também aumentaram, totalizando US$ 23 bilhões, representando um aumento médio de 9,8%. Esses números refletem um aumento nas transações comerciais e um equilíbrio favorável para o Brasil, com um superávit de 5,5% em relação à China.
Principais Produtos Exportados pelo Brasil para a China
A soja lidera as exportações, representando 35,4% das exportações brasileiras para a China. Além do grão dourado, produtos como minério de ferro (20,2%), carne bovina congelada (8,82%) e polpa de celulose (3,36%) também se destacam entre os principais itens exportados, segundo dados do Observatório de Complexidade Econômica (OEC).
A relação comercial entre os dois países continua a crescer, com 15 acordos comerciais bilaterais avaliados em cerca de US$ 10 bilhões (R$ 51 bilhões).
Balança Comercial do Brasil em 2024
Segundo dados da balança comercial divulgados em abril pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, o comércio exterior brasileiro registrou superávit de US$ 19,08 bilhões no primeiro trimestre de 2024, um crescimento de 22,2% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 15,61 bilhões).
O resultado é reflexo de exportações de US$ 78,27 bilhões no trimestre, contra importações de US$ 59,19 bilhões, totalizando US$ 137,47 bilhões de corrente de comércio no período. Em comparação ao primeiro trimestre de 2023, as exportações cresceram 3,2% e a corrente de comércio foi 1,0% maior. Já as importações caíram 1,8%.
Setores em Destaque
No recorte por setores e produtos exportados, o destaque foi para a indústria extrativista, com crescimento de US$ 3,22 bilhões (18,7%) no primeiro trimestre de 2024 em relação a 2023. Nas importações, o destaque foi para a agropecuária, com crescimento de US$ 0,07 bilhões (5,6%).
Em março, apesar do crescimento trimestral, houve recuos em relação a março de 2023. As exportações somaram US$ 28 bilhões em março de 2024, contra US$ 32,83 bilhões no ano passado (queda de 14,8%). Já as importações tiveram queda de 7,1%, totalizando US$ 20,5 bilhões em 2024 contra US$ 22,07 bilhões em 2023.
A corrente de comércio em março de 2024 somou US$ 48,5 bilhões (-11,7%), e o superávit ficou em US$ 7,5 bilhões (-30%).
Previsões para 2024
Segundo a Secex, a estimativa para a balança comercial em 2024 aponta um crescimento de 1,9% na corrente de comércio, alcançando US$ 592 bilhões.
Também houve aumento na expectativa em relação às importações, cuja previsão agora é de US$ 259 bilhões (7,6%). Já as expectativas para as exportações recuaram 2,1%, estando agora em US$ 333 bilhões. A redução nas expectativas de exportações, junto com o possível aumento das importações, diminuiu a previsão de saldo comercial para este ano, que agora está em US$ 74 bilhões.
Por outro lado, a queda dos preços das mercadorias exportadas acelerou no mês de março, contribuindo para a perspectiva de diminuição do valor previsto para as vendas externas. Além disso, a demanda mundial apresenta lento crescimento e há menor disponibilidade interna de bens agrícolas para exportação.
O Que a China Mais Compra do Brasil?
A China é a principal compradora de diversos produtos brasileiros, com destaque para a soja, minério de ferro, carne bovina congelada e polpa de celulose.
A soja é o principal item, representando 35,4% das exportações brasileiras para a China. Este grão é essencial para a produção de ração animal na China, que é o maior produtor mundial de suínos e aves.
Por Que a China Compra Tanto do Brasil?
A China compra tanto do Brasil devido à alta qualidade e competitividade dos produtos brasileiros, além da complementaridade econômica entre os dois países.
O Brasil possui vastas áreas agrícolas e grandes reservas de recursos naturais, o que permite atender à crescente demanda chinesa por alimentos e matérias-primas.
Como é o Comércio entre Brasil e China?
O comércio entre Brasil e China é caracterizado por uma relação de interdependência e complementaridade.
O Brasil exporta principalmente commodities agrícolas e minerais, enquanto a China exporta produtos manufaturados e tecnológicos para o Brasil. Esta relação beneficia ambos os países, proporcionando crescimento econômico e desenvolvimento industrial.
Qual é o País que o Brasil Mais Exporta?
A China é o país que mais compra do Brasil, consolidando-se como o principal destino das exportações brasileiras. A demanda chinesa por commodities brasileiras tem sido um fator crucial para o superávit comercial do Brasil e para a balança comercial positiva entre os dois países.
O Que a China é Dona no Brasil?
A China tem investido significativamente no Brasil, adquirindo participações em diversos setores estratégicos, como energia, infraestrutura e agronegócio. Empresas chinesas possuem ativos importantes no Brasil, incluindo usinas hidrelétricas, linhas de transmissão de energia e grandes áreas agrícolas.
Fonte: Clickpetroleoegas