O embaixador do Azerbaijão, Rashad Nowruz, recebeu convidados na sede da missão diplomática na segunda-feira (22).
O evento, que contou com a presença de vários embaixadores acreditados em Brasília, lembrou o “Janeiro Negro”.
O que foi o “janeiro negro”
34 anos se passaram desde os eventos de janeiro de 1990, que ficaram conhecidos na história do Azerbaijão como “Janeiro Negro”. Centenas de civis foram esmagados e feridos pelas tropas soviéticas em Baku durante a noite de 19 para 20 de janeiro de 1990, com base em uma ordem direta da liderança da União Soviética que tentava manter o regime comunista no Azerbaijão e estrangular o movimento de libertação nacional.
Todos os anos, as vítimas do Janeiro Negro são lembradas com grande pesar não apenas pelo povo do Azerbaijão, mas por todos os azerbaijaneses no mundo todo.
A opressão soviética de 70 anos contra o Azerbaijão culminou com uma tragédia sangrenta no dia 20 de janeiro de 1990, na madrugada do dia 20/01, 26.000 tropas soviéticas e forças especiais chamadas “Alfa”, sem declarar estado de emergência, entraram em Baku e cometeram atrocidades contra o inocente povo azerbaijanês. A invasão foi realizada à meia-noite e foi cometida com brutalidade; nem mesmo crianças, mulheres e idosos foram poupados.
No total, com o resultado da invasão das tropas em Baku e nas regiões da república, 133 pessoas foram mortas, 611 ficaram feridas, 841 foram presas ilegalmente e cinco desapareceram.
Embora o povo do Azerbaijão tenha sofrido agressão militar, moral e política, eles demonstraram sua capacidade de manter as tradições de heroísmo histórico e resistir aos ataques mais cruéis em prol da liberdade e independência de sua pátria, mesmo à custa de suas vidas. Os filhos e filhas da pátria morreram em 20 de janeiro de 1990, enquanto defendiam a liberdade e a independência do Azerbaijão e, com sua bravura, fizeram história nas crônicas do heroísmo de nosso país.
Após os eventos de 20 de janeiro em Baku, o líder nacional do povo azerbaijanês Heydar Aliyev, visitou a representação permanente do Azerbaijão em Moscou, e durante a conferência de imprensa condenou duramente essa brutalidade e chamou essa aliança de um ato terrorista contra o povo, a democracia e a humanidade. O fato de o Grande Líder ter feito tal afirmação numa época em que o Império Soviético existia mais uma vez provou que grandes passos na política foram dados por personalidades geniais.
De acordo com o decreto do Presidente do Azerbaijão, Heydar Aliyev, de 16 de dezembro de 1999, todas as vítimas da repressão receberam o título de “Mártires de 20 de janeiro”.