Jean-Marc Berthon é funcionário sênior do Ministério das Relações Exteriores da França e tem como missão trabalhar pelo respeito dos direitos e da liberdade das pessoas LGBT+ dentro da rede da diplomacia francesa. No Brasil até o dia 18 de janeiro, encontra-se com autoridades do governo federal, parlamentares e representantes da sociedade civil engajados no respeito à diversidade.
França e o Brasil estão entre os principais países mais abertos à diversidade sexual e de gênero. Em sua visita, Jean-Marc Berthon busca fortalecer os vínculos com Brasil, discutir políticas LGBT+, trocar experiências e melhores práticas. O novo plano adotado por Paris para combater o ódio anti-LGBT+ será discutido em Brasília.
Cerca de um terço dos países considera a homossexualidade um crime passível de punição. Em alguns deles, punição com pena de morte. Em tantos outros países os direitos de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais não são garantidos. A visita do embaixador Jean-Marc Berthon também visa construir posições comuns entre Brasil e França para atuação junto a organismos internacionais.
Pioneirismo francês
A França foi o primeiro país a pôr fim ao crime de sodomia em 1791, o que inspirou outras nações. A lei que descriminalizou a homossexualidade veio em 1982. Em 2008, a França assumiu o compromisso da descriminalização junto às Nações Unidas, quando, pela primeira vez, a questão foi colocada na agenda internacional. Em 2010, a França foi o primeiro país a declarar que a transidentidade não era uma doença.
Em 2023, a França criou um fundo de mais de 10 milhões de reais para ser usado por suas embaixadas em todo o mundo em projetos de defesa dos direitos das pessoas LGBT+.