Brasil e Países Baixos assinaram um instrumento para fortalecer a cooperação em bioeconomia. A parceria, firmada entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério de Economia e Clima, prevê a construção de um plano de ação conjunto sobre economia de base biológica, que deve ser apresentado na próxima reunião do Comitê Conjunto, programada para ocorrer em Brasília, em 2024.
“O tema dessa cooperação é uma das prioridades do governo brasileiro em seu programa de reindustrialização em novas bases tecnológicas e sustentáveis”, afirmou a ministra Luciana Santos. “Sei que os Países Baixos estão fortemente comprometidos com as metas de descarbonização e que a agenda do governo para a energia sustentável tem alcançado excelentes resultados. Tanto os Países Baixos como o Brasil têm trabalhado fortemente numa agenda de agricultura sustentável e ambos temos sido exitosos em nossos esforços”, completou.
A ministra destacou ainda o histórico da cooperação do Brasil com os Países Baixos de mais de uma década e celebrou o novo momento. “Estou certa de que, juntos, avançaremos para uma economia mais sustentável nos nossos países e seremos exemplo de que a cooperação internacional, a interação entre cientistas, engenheiros e especialistas, assim como o desenvolvimento conjunto de tecnologias inovadoras são benéficos a ambas as partes e, seguramente, podem ter um impacto global positivo”, disse.
Segundo a ministra de Economia e Clima, Micky Adriaansens, o acordo sublinha “o compromisso partilhado para avançar na economia de base biológica”. “Esta Carta de Intenções é testemunho do propósito conjunto para abordar objetivos climáticos e o desenvolvimento da indústria circular de base biológica. Com plano abrangente de colaboração, vamos ter a visão partilhada da bioeconomia do futuro e nos envolver em parcerias estratégicas”, pontuou.
Durante a reunião, o diretor de Indústria Sustentável do Ministério de Economia e Clima dos Países Baixos, Karlo Van Dam, apresentou a Política de Inovação e Indústria aplicada à Bioeconomia. “Temos uma política de descarbonização na indústria, com grande foco na transição energética. O objetivo nacional é reduzir a emissão de CO² em 55% a 60% até 2030 (relativamente a 1990)”, explicou. “Este acordo hoje é o começo de uma colaboração mais forte no campo da bioeconomia do futuro”, acrescentou, após a audiência.