No dia 8 de dezembro, em Brasília, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) realizou o Seminário de Hidrologia Espacial em sua sede. O evento foi promovido em parceria com o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da França (IRD na sigla em francês) e com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e teve transmissão pelo canal da ANA no YouTube.
Um dos objetivos do Seminário de Hidrologia Espacial foi divulgar os resultados parciais do Projeto HidroSat, executado em parceria entre a ANA e o IRD com intermediação da ABC, além de trabalhos realizados por instituições parceiras no Brasil em Hidrologia Espacial. O evento também foi realizado com o intuito de capacitar profissionais interessados(as) em utilizar dados de satélite para obter dados quantitativos e qualitativos sobre recursos hídricos e áreas correlatas, como: saneamento básico, segurança de barragens e monitoramento ambiental. Além disso, o encontro promoveu o debate sobre potenciais avanços e cooperações no uso de dados de satélite para monitoramento de corpos hídricos.
Participaram da solenidade de abertura do Seminário de Hidrologia Espacial a diretora Ana Carolina Argolo, da ANA; o ministro conselheiro da Embaixada da França no Brasil, Olivier Fontan; o representante do IRD no Brasil, Abdel Fettah; e o responsável pela Cooperação Técnica e Parcerias com Países Desenvolvidos da ABC, Wófsi Yuri de Souza.
A diretora Ana Carolina Argolo enfatizou a importância da Hidrologia Espacial para o aperfeiçoamento da gestão de recursos hídricos no Brasil por possibilitar a coleta de dados hidrológicos em locais remotos. “A Hidrologia Espacial é extremamente importante. Ela possibilita que a gente tenha dados nos lugares onde a gente tem muita dificuldade de ter acesso”, disse. A dirigente também enalteceu a parceria entre a ANA, o IRD e o Serviço Geológico do Brasil (SGB) no monitoramento das águas do País a partir do uso de satélites.
A programação contou com palestras sobre o Projeto HidroSat. Em seguida o tema em discussão foi o monitoramento da eutrofização (aumento excessivo de algas e cianobactérias causado por poluentes) em lagos e reservatórios. No bloco seguinte o assunto em questão foi o monitoramento da turbidez (indica quão turva está a água) e de sedimentos suspensos em rios. Por fim, as inovações em hidrologia espacial foram apresentadas e discutidas.
O Seminário foi voltado para profissionais com interesse no uso de dados de satélite para estudar e monitorar variáveis de quantidade e qualidade de água em rios, lagos e reservatórios. Isso inclui perfis das áreas de gestão, regulação e monitoramento de recursos hídricos e de áreas correlatas, como pesquisa científica, saneamento básico e meio ambiente.
HidroSat
O Hidrosat tem o objetivo de aprimorar as metodologias aplicadas na coleta, tratamento e integração dos dados de altimetria espacial e de sensoriamento remoto óptico – ambas são formas de monitoramento por satélite. Com isso, são gerados dados e informações de quantidade e qualidade de águas não monitoradas com estações da Rede Hidrometeorológica Nacional, especialmente em locais remotos e de difícil acesso.
Nesse contexto o uso de dados de satélite permite solucionar limitações de custo e logística, assim como possibilita a recuperação de dados pretéritos. Esse tipo de iniciativa também favorece um monitoramento integrado de parâmetros, como vazão e concentração de sedimentos em suspensão nos corpos d’água.
As informações são da ANA.