A Noruega lançou o 5º Plano de Ação sobre Mulheres, Paz e Segurança, que destaca as ambições do país de fortalecer e ampliar os esforços em prol das mulheres, da paz e da segurança. O novo plano de ação tem três prioridades temáticas: processos de paz e implementação de acordos de paz; política e operações de segurança; e esforços humanitários, proteção de civis e proteção dos direitos humanos.
O projeto visa implementar a Resolução 1325 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, uma ferramenta importante para combater as desigualdades entre homens e mulheres, reconhecendo que, em contextos violentos, as mulheres sofrem de maneiras específicas. Diante disso, é fundamental que as respostas aos conflitos não só levem as necessidades das mulheres em consideração, como também incluam mulheres nas negociações, mediações e na prevenção dos conflitos armados.
É o que explica a ministra das Relações Exteriores da Noruega, Anniken Huitfeldt. “Estamos testemunhando um retrocesso nos direitos das mulheres, tanto em nível global quanto regional. Esse plano de ação mostra a seriedade dessa agenda”, afirmou. Para ela, só é possível alcançar a paz se mulheres e homens estiverem envolvidos. “Essa inclusão nos processos de paz é uma prioridade importante da política externa da Noruega e é essencial para uma paz sustentável”, ressaltou Huitfeldt.
Segundo a ministra da Cultura e Equidade, Lubna Jaffery, a Noruega prosseguirá com os esforços internacionais para promover a equidade entre homens e mulheres. “O projeto leva em conta tanto a diversidade de gênero quanto os diferentes desafios que as mulheres podem enfrentar em situações de conflito. Isso é particularmente importante nestes tempos conturbados, em que assistimos a um crescente retrocesso contra os direitos das mulheres e das minorias”, explicou a ministra Lubna Jaffery.
O Ministério do Clima e Meio Ambiente contribuiu pela primeira vez para o plano de ação. De acordo com o ministro Espen Barth Eide, a participação das mulheres é importante para poder lidar com conflitos locais que são afetados pelas mudanças climáticas. “Com um meio ambiente mais desafiador, é importante que as populações afetadas possam enfrentar esses desafios com cooperação e não com conflitos, que é também tópico importante em toda a construção da paz”. Barth Eide acrescentou ainda que as mulheres muitas vezes enfrentam uma realidade diferente dos homens. “Portanto, importante que tenhamos uma perspectiva de gênero clara em nosso trabalho pela paz, pelo meio ambiente e por uma sociedade mais resiliente ao clima”, finalizou.
O plano de ação foi elaborado pelos ministérios das Relações Exteriores, da Defesa, da Justiça e Segurança Pública, da Cultura e Equidade, do Trabalho e Inclusão Social e do Clima e Meio Ambiente, além de organizações da sociedade civil norueguesas e internacionais e institutos de investigação noruegueses. O país escandinavo foi um dos primeiros a desenvolver um plano de ação nacional sobre mulheres, paz e segurança, em 2006.
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As informações são da Embaixada Real da Noruega no Brasil