O fórum “Entender a China através do Cinema e da Televisão”, debateu em reunião online a Inovação da China. Seis brasileiros, a maioria residindo na China, falaram sobre sua compreensão e sentimentos sobre a inovação da China após a exibição do documentário “Inovação da China”.
O evento foi organizado pela Universidade de Comunicação da China CUC, na sigla em inglês) e teve como tema “A inovação da China aos olhos de brasileiros e chineses”.
Wen Chunying, diretora da Faculdade de Estudos Internacionais da CUC, disse em seu discurso de abertura que a inovação é a força motriz do desenvolvimento social em qualquer época. A China e o Brasil são parceiros estratégicos um do outro e sua cooperação inovadora nas áreas aeroespacial, resposta às mudanças climáticas, energia, silvicultura e outras áreas tem sido frutífera.
Ela destacou que os jovens são o futuro e a esperança de uma era, e são também o grupo mais criativo e imaginativo da sociedade, acrescentando que as 47 histórias de inovação do documentário “Inovação da China” geram a reflexão sobre a lógica e o significado por trás de comportamentos inovadores, como “de onde vem a inovação”, “o que impulsiona a inovação”, “quem está inovando”, etc.
Daniela Tassy, que interpretou a astronauta brasileira Emília no filme “Terra à Deriva 2”, falou sobre a Inovação da China na produção do filme de ficção científica em que atuou. Ela acredita que o grande progresso feito pelos filmes de ficção científica chineses nos últimos anos se deve à inovação contínua dos cineastas chineses em efeitos especiais, roteiros e técnicas de filmagem, fazendo com que “Terra à Deriva” alcançasse a liderança internacional.
Diego Souza, especialista em política internacional e questões agrícolas, e sócio da Fazenda Healing Garden de Beijing, disse que a China e o Brasil tem um grande potencial de cooperação nas áreas de agricultura digital, desenvolvimento e utilização de novas proteínas, contrução de abrigos e manejo do solo.
João Cumarú é estudante de pós-graduação em política e diplomacia chinesa na Universidade de Fudan, e pesquisador associado em matriz energética e estudos ambientais no Centro de Coordenação de Estudos Asiáticos da Universidade Federal de Pernambuco no Brasil.
Ele mencionou que as inovações políticas da China no campo da proteção ambiental e inovações em tecnologias de energia verde impulsionaram a transformação e atualização de indústrias relacionadas e injetaram um novo impulso no desenvolvimento econômico.
Segundo ele, tais inovações atendem às expectativas das pessoas e ao conceito de desenvolvimento sustentável.
Caroline Silveira, aluna do Instituto Confúcio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no Brasil, estudou na China e em breve estará novamente no país asiático. Ela usou como exemplo os apresentadores de jornal de IA da emissora da Xinhuanet para analisar as inovações na divulgação de notícias.
Caroline afirmou que a inovação tecnológica de IA da emissora faz com que a disseminação de informações não dependa totalmente dos humanos, o que pode ser positivo principalmente durante circunstâncias como a da epidemia da Covid-19.
No entanto, há desvantagens no uso de algumas tecnologias inovadoras, como o desafio de garantir que a inteligência artificial irá criar conteúdos verídicos, e não apenas reproduzirá notícias falsas, observou ela.
Erasto Cruz, professor estrangeiro de português na Universidade de Estudos Internacionais de Beijing, apresentou aos participantes o espírito inovador chinês através da perspetiva do taoísmo.
Ele acredita que a história de 5.000 anos da China é uma história de inovação, e o pensamento e a cultura tradicionais chineses desempenham um papel importante na prática da inovação.
Pedro Regis Cabral, estudante de doutorado no departamento de Filosofia da Universidade de Macau, compartilhou seus sentimentos e opiniões sobre práticas inovadoras em instalações de transporte rural, segurança social e gestão rural com base em seus anos de vida no condado de Yucheng, cidade de Shangqiu, província de Henan.
Do seu ponto de vista, a inovação de conceitos e políticas é fundamental para o desenvolvimento dos municípios.
O fórum foi orientado pelo Departamento de Cooperação Internacional da Administração Estatal de Rádio e Televisão, e sediado pela Faculdade de Estudos Internacionais da China da CUC e pelo Centro de Pesquisa do BRICS da CUC.
Ao todo mais de 70 jovens estudantes de universidades da China e do Brasil participaram do fórum online. Na sessão de intercâmbio interativo, estudantes e convidados nacionais e estrangeiros conduziram discussões acaloradas sobre as práticas inovadoras da China e do Brasil em vários campos, demonstrando a alta atenção e entusiasmo dos jovens chineses e brasileiros ao tópico de inovação.
* Com informações de Diário do Povo.