Em Brasília, a semana de comemorações incluiu cerimônia do Congresso Nacional, no Itamaraty, iluminação especial no Eixo Monumental e um mutirão de limpeza pública no Plano Piloto.
Para comemorar o 115º aniversário do início da imigração japonesa no Brasil, a embaixada do Japão promoveu em Brasília uma série de ações em conjunto com apoiadores e integrantes da comunidade nikkei. As celebrações tiveram início no dia 13, quando a Câmara dos Deputados realizou uma sessão solene em homenagem à data, por requerimento do Deputado Federal Luiz Nishimori, presidente do Grupo Parlamentar Brasil/Japão. Na ocasião, que contou com a participação de autoridades e membros da comunidade nikkei no Brasil, o presidente Mundial JICA Japão, TANAKA Aihiko, recebeu da Câmara uma menção honrosa em reconhecimento pelo trabalho prestado em prol do fortalecimento da relação bilateral entre o Brasil e o Japão.
Na quarta-feira (14/6), o embaixador HAYSHI Teiji participou de uma cerimônia alusiva aos 115 anos de imigração japonesa no Brasil promovida pelo Itamaraty e pela Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG). A solenidade foi o palco do lançamento do livro “Edmundo Sussumu Fujita – o primeiro nipo-brasileiro no Itamaraty”, de Willians Marco Castilho. A obra pode ser acessada gratuitamente na biblioteca digital da Funag. Na solenidade, também foi apresentado ao público o documentário “Brasil e Japão: uma antologia de memórias”, de Hugo Katsuo, produzido com o apoio do Itamaraty.
De sexta (16) até domingo (18)alguns dos principais monumentos de Brasília ganharam uma linda cor vermelha, também em homenagem aos 115 anos de imigração japonesa no Brasil. As cores da bandeira japonesa foram projetadas sobre a Catedral, o Museu Nacional da República, a Biblioteca Nacional de Brasília e a Torre de TV. A decoração especial pode ser vista pelos moradores da capital.
Limpeza – Neste domingo (18), o embaixador HAYASHI Teiji participou do Projeto Limpa Brasília do Dia da Imigração Japonesa, iniciativa promovida pela embaixada, em conjunto com a JCI (Junior Chamber Internacional) Brasília. Realizada pela segunda vez neste ano, a ação de revitalização tem como objetivo fomentar os cuidados com a higiene pública e com o meio ambiente no cotidiano da cidade.
O mutirão foi concentrado em dois espaços públicos de grande importância para a comunidade nipobrasiliense: o Templo Budista Shin Terra Pura (315/316 sul) e a Casa do Estudante, em frente à Escola Modelo de Língua Japonesa (611 Norte). Frequentadores, moradores, comerciantes e convidados se uniram para realizar a limpeza dos prédios e dos arredores dos terrenos. O projeto incluiu distribuição de camisetas, água e comida para os voluntários, e também um serviço de recolhimento de lixo eletrônico. Cerca de 70 pessoas participaram da ação, que durou todo o dia.
O embaixador Hayashi começou sua colaboração com o mutirão em uma visita à Igrejinha Nossa Senhora de Fátima e à SQS 308 sul, considerados, respectivamente, um monumento de grande relevância arquitetônica para a cidade e a quadra residencial modelo da capital. Junto aos voluntários, o embaixador ajudou a recolher resíduos antes de participar da cerimônia de abertura oficial do evento, no templo budista.
“Para nós, japoneses e nikkeis, organizar as coisas e manter o meio ambiente limpo faz parte da cultura. Hoje, 18 de junho, Dia da Imigração Japonesa no Brasil, estou muito feliz de, nesta importante data, difundir essa cultura japonesa no Brasil”, ressaltou o embaixador na cerimônia de abertura, realizada no início da tarde no templo budista. “Vamos trabalhar juntos para tornar Brasília ainda mais limpa e linda”, reforçou, em sua saudação aos voluntários.
Também participaram da cerimônia de abertura do evento o Monge Keizo Doi, do Templo Budista Shin Terra Pura; o secretário de Relações Internacionais do DF, Paco Britto; Kuniyoshi Yasunaga, representando a Federação das Associações Nipo-Brasileiras do Centro-Oeste (FEANBRA); e Charles Tinen, representando o Deputado Distrital Iolando.
A imigração – A imigração japonesa no Brasil tem como marco inicial a chegada do navio Kasato Maru, no Porto de Santos, no dia 18 de junho de 1908. Após uma viagem de 52 dias a partir de Kobe, a embarcação trouxe ao país os 781 primeiros imigrantes vinculados ao acordo imigratório estabelecido entre Brasil e Japão.
Os principais destinos desse e dos demais grupos de japoneses que chegariam ao país nos anos seguintes eram as fazendas e colônias agrícolas, inicialmente de São Paulo e Paraná. Ao longo do século, outras ondas migratórias levariam os nikkeis a outros territórios brasileiros, incluindo o interior do país e a região amazônica. Estima-se que mais de 2 milhões de japoneses e descendentes componham a comunidade nikkei no Brasil atualmente, aproximadamente 50 mil deles no DF.
Fonte: Embaixada do Japão