CULTURA
Boi do Seu Teodoro de Sobradinho. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília
A cultura em Brasília se confunde com a própria cidade já que ela é patrimônio Cultural da Humanidade. São 112,25 quilômetros quadrados de área tombada e o único bem contemporâneo a receber esta distinção. Nela estão monumentos e edifícios que são marco da arquitetura e urbanismo modernos.
Brasília foi inscrita na lista da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 7 de dezembro de 1987. Estes lugares são reconhecidos como patrimônio de todo o mundo, independente do território onde estejam. O objetivo é a sua preservação para as futuras gerações.
Ela foi reconhecida como patrimônio por conta da sua concepção modernista, baseada nas ideias de Lúcio Costa, que integravam a escala monumental, dos grandes espaços e construções, à intenção bucólica, de convivência ao redor das áreas verdes. Oscar Niemeyer projetou grandes monumentos que se integraram ao plano urbanístico, com o melhor da expressão arquitetônica integrada à arte.
É por esse motivo que a cultura de Brasília também se mistura à sua história, à história de sua construção e à arquitetura e ao urbanismo.
Monumentos históricos
Fazem parte dos equipamentos culturais públicos de Brasília o Catetinho, primeira residência oficial de Juscelino Kubitschek por aqui, e o Museu Vivo da Memória Candanga, antigo Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO). Ambas construções preservam peças, objetos e fotos da época da construção da capital.
Praça dos Três Poderes. Foto: Tony Winston/Agência Brasília
A história da construção de Brasília e da política brasileira desde então se embrenham na cultura da cidade também na Praça dos Três Poderes. No Museu da Cidade, é possível ver, talhada nas paredes de pedra, a história da intenção brasileira de construção de uma nova capital, muito antes da concretização de Brasília.
Ainda na Praça dos Três Poderes, no Espaço Lúcio Costa, os habitantes podem conferir uma grande maquete de Brasília e ver os esboços do plano urbanístico de Lúcio Costa. No Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, é possível acompanhar a história da redemocratização brasileira e conferir o livro de aço dos heróis nacionais.
Catedral Metropolitana de Brasília. Foto: Andre Borges/Agência Brasília
Outros monumentos históricos criados para a valorização da cultura são o Museu Nacional Honestino Guimarães, a Biblioteca Nacional, o Teatro Nacional Cláudio Santoro e o Memorial dos Povos Indígenas, o Museu de Artes de Brasília (MAB) e o Centro de Dança, entre outros.
Cultura popular
Casa do Cantador, Ceilândia – DF. Foto: Tony Winston/Agência Brasília
A migração de habitantes de diversas regiões do país para a construção de Brasília, além da convergência natural por ser a capital do país, criou na cidade um caldeirão cultural que reuniu fragmentos de diversos estados e culminou numa identidade própria.
É possível ver essa mistura do patrimônio imaterial, por exemplo, em uma visita à Feira da Torre de TV. Além de diversos artigos à venda, a praça de alimentação reúne tradições culinárias de diversas partes do país.
A cultura popular também foi homenageada com a construção da Casa do Cantador, em Ceilândia. O espaço é dedicado às apresentações de repentistas e à literatura de cordel.
É forte ainda o movimento hip hop em diferentes regiões do Distrito Federal. Junta-se ainda a importância do rock de Brasília para a música brasileira.
Cinema
Cine Brasília. Foto: Tony Winston/Agência Brasília
No cinema, Brasília também se destaca. O Cine Brasília foi uma das primeiras construções da cidade, inaugurado dentro da programação que comemorou a transferência da capital do país. É nele que acontece anualmente o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Em 1991, foi construído o Polo de Cinema e Vídeo Grande Otelo, em Sobradinho.